Entrevistas: Flautistas de BH tomam conta do pedaço

“Quando a flauta soou
um tempo se desdobrou
do tempo, como uma caixa
de dentro de outra caixa.” João Cabral de Melo Neto

O pedaço do fêmur de um jovem urso das cavernas foi encontrado, há cerca de 43 mil anos, na Eslovênia. A descoberta é considerada o mais antigo instrumento musical do mundo, a flauta paleolítica. A profusão de trabalhos liderados pelo ancião dos instrumentos musicais em BH chama atenção num cenário que, via de regra, teve como protagonistas o violão, a guitarra e o piano. Porém, a resposta para essa tendência não é exata, como, aliás, é típico das artes. Leia abaixo as entrevistas com flautistas da cidade.

Mariana Bruekers
1 – Qual a sua primeira lembrança musical e como ela influenciou a sua vida?
Meu pai tocando violão na sala, e juntos cantávamos serestas e outras canções. Apesar de nunca ter tido educação musical formal na infância, tive um berço repleto de música e por isso me encantei pela música desde cedo. Isso mudou a minha vida no momento em que decidi fazer vestibular para música e me dedicar profissionalmente a esta escolha, com certeza influenciada por esta vivência que tive.

2 – Quando começou a sua história com a flauta e porque decidiu por ela entre todos os outros instrumentos?
Dentre os vários shows que meu pai me levava, íamos juntos ver a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, e a flauta sempre era o destaque da minha atenção. Além disso, amava os discos de choro e rock progressivo que ouvia em casa. Por isso meus ídolos “flautísticos” eram bem ecléticos. De Ian Anderson (do Jethro Tull, banda de rock progressivo), a Altamiro Carrilho (choro) e James Galway (música clássica)!

3 – Quem é o seu maior ídolo musical e qual é a característica da flauta que mais te encanta?
São vários. Citei três na pergunta anterior, talvez os que guardo com mais carinho por terem marcado o meu início do apaixonar pela flauta. O que mais me encanta na flauta é o timbre brilhante e a versatilidade. Ela se encaixa perfeitamente em tantos lugares, como choro, rock, samba, bossa nova, música clássica, jazz, músicas regionais.

4 – Como se relaciona como os outros flautistas de BH e como está a cena para os flautistas na cidade hoje? Quais são os melhores lugares para tocar?
Tenho vários amigos flautistas que fui fazendo desde a época de faculdade até os projetos que hoje desenvolvo. Faço parte de uma orquestra de flautas onde somos 18 flautistas, dentre profissionais e amadores. Estou sempre nas rodas de choro de BH, onde divido solos com amigos flautistas e estamos sempre nos fortalecendo, indicando uns o trabalho dos outros.

5 – Tem algum estilo musical que você prefira tocar? Quais as principais diferenças entre o trabalho de acompanhante num conjunto e como flautista solo?
Estilo musical preferido com certeza é o choro. A função da flauta é diferente. Como acompanhante temos que brincar com a melodia principal, forrar a música passeando na harmonia e às vezes abrilhantar com um solo ou uma introdução. Já quando temos um trabalho solo, a responsabilidade perante o público é um pouco maior, e podemos explorar um pouco mais o virtuosismo e as possibilidades da flauta, do jeito que nos parece melhor. No palco, a responsabilidade também é um pouco maior, e a comunicação com o público é muito importante, a meu ver.

6 – O que influenciou a sua decisão de lançar um disco e qual é a principal mensagem que deseja transmitir com esse trabalho? Ele é autoral ou de releituras? O que guiou a sua seleção de repertório? Se é autoral, o que te inspira a compor?
Acho importante registrar nosso trabalho. Mostrar nossa produção e espalhar para as outras pessoas através do disco gravado. Além disso, é um processo importante, pois quando nos sujeitamos a uma gravação, trabalhamos as peças de forma mais minuciosa, com uma atenção diferenciada ao som, aos arranjos e à perfeição na execução. Tenho um CD autoral gravado, juntamente com o grupo, e acabo de finalizar um segundo, de releituras. Não tenho muitos choros meus, mas a inspiração de compor vem de vários lados, cada hora de um. Por exemplo, coloquei letra em um choro que já tinha um nome: “Bolo de Cenoura”. Então a letra falava da receita de bolo de cenoura, brincando com um elemento musical que era o compasso da música, o compasso 7 por 8, e os 7 ingredientes para fazer o bolo.

7 – Sentiu algum preconceito em se inscrever no meio musical como flautista pelo fato de ser mulher? Há ainda muita diferença numérica entre homens e mulheres? Mudou para melhor ou pior esse cenário?
O cenário tem mudado mas, sim, ainda há preconceito. Participo de dois grupos musicais (“Abre a Roda: Mulheres no Choro” e “Banda Sagrada Profana”), inclusive, que têm como objetivo ressaltar o protagonismo feminino na música, e se isso é necessário, é porque ainda encontramos obstáculos. Nas próprias rodas de choro de BH, por exemplo, percebe-se claramente esta diferença numérica.

Marcelo Chiaretti
1 – Qual a sua primeira lembrança musical e como ela influenciou a sua vida?
Minhas lembranças mais remotas se confundem com as fotos antigas e com as histórias que meus pais e meus avós repetiram muitas vezes, e ambas as lembranças não são sonoras, mas contam que haviam instrumentos musicais em casa que eram meus brinquedos, uma flautinha e um violãozinho de criança que eu gostava de brincar, inventar e imitar. Depois tem os sons dos vinis no toca discos e o som do violão e do piano que minha mãe sempre curtiu brincar também.

2 – Quando começou a sua história com a flauta e porque decidiu por ela entre todos os outros instrumentos?
Na adolescência, meu instrumento foi o violão, que estava encostado num canto no quarto e resolvi começar a aprender. Tive aulas de música popular, levadas, cifras de revistinhas e depois comecei a estudar violão clássico. Foi quando comecei a frequentar os Festivais de Inverno da UFMG em Ouro Preto, ainda nas oficinas do Festival Jovem, que a minha relação com a música e com todo o universo sonoro se fortaleceu e se expandiu, ampliando consideravelmente minha escuta e meu interesse. No meu primeiro festival participei de uma oficina de criação, improvisação com o compositor e bandoneonista Rufo Herrera e de confecção de instrumentos não convencionais com o músico e luthier Fernando Sardo. Dentre os diversos instrumentos que experimentamos havia uma flauta dupla, como se juntássemos duas flautas, uma em cada extremidade num mesmo bocal ao centro. O Festival durava todo mês de julho que passamos imersos na confecção de instrumentos, criação e composição de peças. Durante esse tempo de imersão toquei muito essa flauta dupla, inclusive apresentando-me com ela no concerto final. Foi a partir dessa experiência que surgiu minha vontade em aprender a flauta transversal e durante seis meses seguintes ao festival fiquei soprando em garrafas e canos até que meu avô me presenteou com uma flauta transversal que em pouco tempo virou meu principal instrumento.

3 – Quem é o seu maior ídolo musical e qual é a característica da flauta que mais te encanta?
É uma pergunta que não consegui responder e também nunca me fiz. Minhas referências na música são tantas e vem de diversos horizontes, da música popular a música contemporânea, passando pelo jazz e pela música de concerto que não poderia encontrar uma só resposta. Todos aqueles que de uma forma ou de outra pude aprender, seja pelo contato direto, formal ou não formal ou pelo estudo da obra, são importantes referencias na música que faço porque modificaram minha forma de escutar. Os professores e os mestres têm papel fundamental nesse processo. Admiro muitos flautistas e em cada um a autenticidade do seu sopro, que é talvez o que mais me encanta na flauta, poder moldar o som expressando através do seu sopro, traços da sua personalidade. Para ficar só nos brasileiros de hoje em dia, cito Odette Ernest Dias, Toninho Carrasqueira, Carlos Malta, Marcelo Bernardes, Edu Neves, Mauro Rodrigues, Artur Andrés, Alberto Sampaio, Fernando Pacífico. Talvez por ser um flautista mas com formação em composição sempre me interessei por esta simbiose do instrumentista-criador, então me encanta muito também os flautistas que através do sopro também expressam suas ideais musicais, suas composições, suas improvisações com maior liberdade.

4 – Como se relaciona com os outros flautistas de BH e como está a cena para os flautistas na cidade hoje? Quais são os melhores lugares para tocar?
Me relaciono muito bem, tenho várias e vários colegas flautistas. Belo horizonte, felizmente é uma cidade repleta de excelentes flautistas, seja nas universidades, nas orquestras ou nas rodas de choro, nos conjuntos de música instrumental e em geral. Existe até uma maravilhosa orquestra só de flautas na cidade, chamada Flutuar, dirigida pelo flautista professor Alberto Sampaio. Este contexto proporciona um ambiente de troca e aprendizado muito rico. Sobre a cena musical há uma verdadeira contradição, pois se por um lado existem bons lugares onde os grupos se apresentam em forma de shows, concerto ou roda de choro, não há uma valorização do trabalho do artista na sociedade. Enquanto sociedade, nosso momento atual revela o quanto estamos nitidamente doentes, com preceitos conservadores e muito limitados e isto atinge diretamente o mundo da música, como também de todas artes, subestimando o papel da cultura.

5 – Tem algum estilo musical que você prefira tocar? Quais as principais diferenças entre o trabalho de acompanhante num conjunto e como flautista solo?
Enquanto instrumentista sou principalmente um flautista de música brasileira passando por seus diversos estilos da música instrumental as bandas de pífanos. Tanto no choro como no samba pude participar de diversos grupos instrumentais ou cantados, atuando como solista ou músico acompanhante. O papel de acompanhar com a flauta é algo que gosto muito. Ao meu entender, um instrumento de sopro é indispensável para compor a instrumentação de uma boa roda de samba e a habilidade para improvisar contracantos, como fazer introduções e finalizações é bastante requisitada. Num contexto de música popular, onde o arranjo é feito no momento, o solista também tem maior responsabilidade de conduzir a forma da musica, enquanto o flautista acompanhante propõe interferências na forma da música estabelecendo um dialogo com os demais músicos numa dinâmica de improvisação mais coletiva. Mas existem contextos híbridos como na musica de câmara, improvisada ou outros como nas rodas, em que os papeis de solista e acompanhante se alternam com mais frequência, os contextos onde há mais diálogo são meus preferidos.

Marcela Nunes
1 – Qual a sua primeira lembrança musical e como ela influenciou a sua vida?
Na minha casa sempre se ouvia muita música. Meus pais escutavam discos nos finais de semana que me marcaram muito. Minha mãe ouvia muito Milton Nascimento e meu pai gostava de ópera. A gente já acordava com o som ligado. Com 6 anos já comecei a estudar música e me lembro demais das aulas de piano, flauta doce e principalmente das aulas de musicalização, onde a gente tocava vários instrumentos e ouvia muita coisa. Tudo isso me influenciou de forma direta. Como uma preparação muito fundamentada para o que eu busquei depois. A música era lúdica, em família, com professores maravilhosos e isso me marcou muito positivamente, em todos os aspectos.

2 – Quando começou a sua história com a flauta e porque decidiu por ela entre todos os outros instrumentos?
Eu comecei com a flauta doce, tocando dos 6 aos 18 anos. Só depois comecei com a transversal, muito encantada pela sua sonoridade. Apesar de serem instrumentos diferentes, eu já trazia muita bagagem musical, o que me ajudou na troca, e de forma muito intuitiva decidi mudar de instrumento.

3 – Quem é o seu maior ídolo musical e qual é a característica da flauta que mais te encanta?
Não conseguiria falar de um único ídolo. Quando se é flautista brasileiro, Pixinguinha é um norte muito forte. Em todos os aspectos musicais ele foi genial e seu legado me inspira muito. No meio da flauta tenho muitos mestres que admiro muito: Artur Andrés, Mauro Rodrigues, Maurício Freire, Toninho Carrasqueira, Odette Ernest Dias. Na flauta me encanta muito a sonoridade e as possibilidades de timbre. Sua versatilidade técnica também, que faz com que o flautista possa caminhar por vários estilos. Ela tem também um lance ancestral, como instrumento dos nossos antepassados mais primitivos, que evocam outras coisas mais subjetivas pra mim.

4 – Como se relaciona como os outros flautistas de BH e como está a cena para os flautistas na cidade hoje? Quais são os melhores lugares para tocar?
Belo Horizonte tem uma escola de flauta muito forte, que teve como precursor o professor Expedito Viana. Depois o Artur e o Maurício formaram muita gente. Existem muitos e ótimos flautistas em BH atuando em diversos espaços e propostas. A minha relação com eles é de muita admiração e algumas parcerias profissionais. Em relação à cena sinto que o movimento parte muito mais de nós músicos, como criadores de espaço para o nosso próprio trabalho e dos colegas. Os melhores lugares para se tocar são onde o músico é valorizado. Existem algumas casas de música na cidade onde conseguimos esse espaço.

5 – Tem algum estilo musical que você prefira tocar? Quais as principais diferenças entre o trabalho de acompanhante num conjunto e como flautista solo?
Na minha formação toquei muitos estilos: erudito, contemporâneo, tive as sonatas de Bach como base dos estudos, repertório de Big Band, Banda Sinfônica, etc. Atualmente transito como intérprete e compositora nesse campo enorme que chamamos de música instrumental brasileira, que cabe muita coisa, desde o choro tradicional, samba, baião e recebe influências de outros inúmeros estilos. Em relação ao trabalho solo e acompanhante, as diferenças estão muito na relação de liderar ou acompanhar musicalmente. Quando se acompanha muitas vezes nossa interpretação tem que ir junta com os demais, como se soasse um só instrumento de muitas vozes. Na solo existe uma liberdade maior, e por isso talvez mais responsabilidade.

6 – O que influenciou a sua decisão de lançar um disco e qual é a principal mensagem que deseja transmitir com esse trabalho? Ele é autoral ou de releituras? O que guiou a sua seleção de repertório? Se é autoral, o que te inspira a compor?
Meu disco já lançado é o “Em Casa” (2015) em parceria com o músico Renato Muringa. É um trabalho só com composições autorais, entre choros, valsa, maxixe, polca. Estávamos em um processo forte de criação musical e decidimos reunir as peças num CD. O que sempre busco na minha prática como flautista, seja gravando um disco, seja tocando ao vivo, é trazer o ouvinte para fora do lugar comum. Proporcionar uma visita ao lugar do sentimento, do que não conseguimos nomear. Com a composição instrumental o trabalho passa pela inspiração também, mas sempre pelo feitio artesanal, diário, de exercício de construção e experimentação, buscando também o que não conseguimos muitas vezes verbalizar.

7 – Sentiu algum preconceito em se inscrever no meio musical como flautista pelo fato de ser mulher? Há ainda muita diferença numérica entre homens e mulheres? Mudou para melhor ou pior esse cenário?
Até começar a trabalhar profissionalmente com a música não sentia preconceito. Mas o meio da música popular, onde mais atuo, ainda é muito machista. No meio flautístico, no entanto, nunca senti preconceito, pelo contrário. Sempre tive professores que me apoiaram em tudo, com muito respeito. Na música instrumental popular a diferença numérica ainda é grande. As pessoas ainda se espantam quando assistem mulheres atuando, que não sejam cantoras. Ainda temos, infelizmente, que nos afirmar mais vezes, nos proteger de colegas abusivos, provar nossa qualidade como instrumentistas e compositoras mais vezes e com mais força do que os homens. O cenário está mudando. Mais mulheres na música instrumental incentivam, estimulam e encorajam outras a se iniciarem nesse meio. Penso que a tendência é isso melhorar sim e sonho com o dia que falaremos mais de nossas músicas do que da nossa batalha contra o machismo.

Alexandre Andrés
1 – Qual a sua primeira lembrança musical e como ela influenciou a sua vida?
Me recordo dos meus primeiros CDs, um do Djavan e outro dos Paralamas do Sucesso. Me lembro de como ficava empolgado ao escutar certas músicas. Aquilo certamente foi uma forte influência, como compositor e improvisador.

2 – Quando começou a sua história com a flauta e porque decidiu por ela entre todos os outros instrumentos?
Comecei a tocar flauta transversal com 11 anos. Certamente foi por influência de meu pai, o flautista Artur Andrés.

3 – Quem é o seu maior ídolo musical e qual é a característica da flauta que mais te encanta?
Além de meu pai, flautista do antigo grupo UAKTI, admiro muito o norte americano Hubert Laws, que transita fortemente pelo cenário da música popular e o flautista James Galway, um dos maiores no cenário erudito. Hubert me fascina como improvisador, pra mim um dos maiores do instrumento. James Galway possui uma sonoridade cristalina e homogenia fora do normal. Tento trazer pro meu trabalho essas características, um forte domínio da embocadura e do som, aliado a uma soltura e liberdade como improvisador e criador.

4 – Como se relaciona como os outros flautistas de BH e como está a cena para os flautistas na cidade hoje? Quais são os melhores lugares para tocar?
Me relaciono muito bem com os flautistas de BH. No âmbito da universidade, onde hoje atuo como professor substituto de flauta transversal, percebo uma tremenda qualidade na turma de flauta. Além de qualidade musical, percebo uma amizade e parceria entre os alunos, o que não é realidade em outras turmas, desde outros instrumentos a turmas fora de BH. Normalmente há uma competição entre as pessoas, que atrapalha o crescimento de cada um. No que diz respeito aos amigos flautistas, como Marcela, Marcelo, Mariana, Mauro, sinto que também há essa parceria bonita. Somos amigos e caminhamos e crescemos juntos, isso não tem preço! Hoje tenho o Mauro como meu orientador no doutorado e ali, no âmbito acadêmico, essa parceria se mostra ainda mais forte e necessária.

5 – Tem algum estilo musical que você prefira tocar? Quais as principais diferenças entre o trabalho de acompanhante num conjunto e como flautista solo?
Tenho me preparado tanto no cenário popular quanto no erudito. Me atraio por todo o repertório.
Como flautista solo você se expõe um pouco mais e isso é normal. Nesses casos o performer consegue explorar bastante a sua própria sonoridade e valorizá-la. Num conjunto normalmente deve-se buscar um equilíbrio com os demais músicos. Se há outro soprista no conjunto, deve-se ter ainda mais cuidado com nuances da performance, para que estas sejam feitas em equilíbrio. A sonoridade dos diferentes músicos devem fundir e se tornar uma única força.

6 – O que influenciou a sua decisão de lançar um disco e qual é a principal mensagem que deseja transmitir com esse trabalho? Ele é autoral ou de releituras? O que guiou a sua seleção de repertório? Se é autoral, o que te inspira a compor?
Trabalho com repertório autoral desde meus 15 anos, quando comecei a compor. Já gravei e lancei cinco discos, a maioria deles como violonista e cantor. A flauta ficava mais presente nas gravações até que em “Olhe bem as montanhas” e meu mais recente “Macieiras”, lançado no final de 2017, tratei de explorar muito mais o instrumento. São dois álbuns instrumentais onde deixo o violão mais de lado e atuo 100% como flautista compositor. Para mim a composição é algo muito natural, quase como uma necessidade diária. Sempre há uma inspiração, no caso do meu último álbum, “Macieiras”, a inspiração principal foi a fazenda das Macieiras, da minha família, local onde costumo frequentar sempre. Lá é um incrível local de criação, onde compus a maioria das minhas musicas e hoje possuímos um estúdio de gravação fenomenal, onde temos condições de gravar circundado pelas matas e animais.

Raphael Vidigal

Fotos: Ramon Bitencourt.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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