Análise: 90 anos de Jerry Lewis, o rei da comédia

“A graciosa besta humana perde o bom humor, ao que parece, toda vez que pensa bem; ela fica ‘séria’!” Nietzsche

jerry-lewis

Para se ter uma ideia da força de Jerry Lewis basta uma estória verídica contada por Orlando Senna, à época diretor da “Escola de Cinema” cubana. Diz o brasileiro que embora a “linha dura” do regime fosse terminantemente contra, o governo decidiu por permitir a exibição de um filme do ator e humorista norte-americano, mas tomou as devidas providências. “Como era uma comédia deslavada, instruiu os militantes a lotarem as salas, mas com uma condição, que não rissem durante todo o filme, pois desta forma a atração ficaria desmoralizada”, recorda e completa que estes se esforçaram sinceramente para conter a atração de cair na gargalhada. Porém, foi em vão.

Natural de Nova Jersey, nascido numa família judaica de descendentes russos, Jerry desfrutou desde cedo da fama, sempre consagrado pela risada. Começou a carreira com Dean Martin, parceria que durou cerca de dez anos. Daí pra frente foi sempre o seu nome que estrelou as comédias designadas como “pastelão” pelo estilo francamente pautado no humor físico, de que Lewis é considerado, ainda hoje, o mestre supremo, copiado e aplaudido por nomes como Jim Carrey e, mais recente, o brasileiro Leandro Hassum, com quem contracenou em seu último filme “Até que a Sorte Nos Separe – 2”, de 2013. O gosto por franquias, aliás, tão comum na carreira de Jerry é outro indicativo da base popular de seu sucesso. Outra faceta que soube explorar foi a de cantor.

Tudo, porém, em Jerry Lewis, vem sempre acompanhado por seu humor, pela gargalhada que tem a mesma força e nível de uma rasteira. Pode vir de baixo, mas certamente o derrubará.

Jerry Lewis Hommage & 'Max Rose' Premiere - The 66th Annual Cannes Film Festival

Raphael Vidigal

Fotos: Arquivo e Divulgação.

Compartilhe

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
Email

Comentários pelo Facebook

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recebas as notícias da Esquina Musical direto no e-mail.

Preencha seu e-mail:

Publicidade

Quem sou eu


Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

Categorias

Já Curtiu ?

Siga no Instagram

Amor de morte entre duas vidas

Publicidade

[xyz-ips snippet="facecometarios"]