A Graça & A Música De Ivon Curi

“Se tem uma coisa que detesto nesse mundo são as festas obrigatórias em que as pessoas choram porque estão alegres” Gabriel García Márquez

Ivon-Curi

Lá vem o mineiro distinto de Caxambu, rodando uma bengala da tradição francesa, com o sotaque apaziguado de bobo da corte. Engana-se quem julga a primeira aparência e não confere a peruca, o sujeito dito é um lorde, mímico das canções que não dispensa a fala e os gestos para acrescentar riquezas ao que canta e salienta.

Ivon Curi, assim meio discreto, meia cachaça, meio pão de queijo, firmou-se como um dos grandes nomes da era de ouro do rádio por saber explorar o que tinha de melhor, e mais, encontrar praticamente um nicho virgem à sua espera. Ali, no território da sátira, da brincadeira, e da impertinência charmosa, ele conquistou milhares de fãs, ouvintes assíduos, clamorosos por sua presença, enfim, fez o que se esperava de um grande artista: plantou a semente da eternidade.

Aos que ainda cometem a indecência de não conhecê-lo, cabe ouvi-lo com sabedoria e paciência, passando por peças do quilate de “João Bobo”, “La Vie en Rose”, “Tá Fartando Coisa em Mim”, “Farinhada”, “Me leva”, “C’est Si Bon”, “Escuta”, “O Xote das Meninas”, entre outras. Para o mestre, com carinho, nosso apreço.

Ivon-Curi-Musica

Raphael Vidigal

Lido na rádio Itatiaia por Acir Antão em 10/06/2012.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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