Wilson Simonal foi um dos grandes astros da música brasileira

Sá Marina

*por Raphael Vidigal

“Um cigarro é o tipo perfeito do prazer perfeito. É delicioso e nos deixa insatisfeitos. O que mais podemos desejar?” Oscar Wilde

“Vamos voltar à pilantragem!” anuncia a voz cheia de bossa e suingue estonteante do porte de um negro com bandana na cabeça e reverência à Martin Luther King. Ele rege o coro da platéia enquanto sua presença move multidões com “Meu limão, meu limoeiro”. Que poder é esse do homem chamado Simonal? É o poder da música. Do belo canto. Simonal é pura música, belo canto.

Sá Marina (toada-moderna, 1968) – Antônio Adolfo e Tibério Gaspar
A música brasileira procurava juntar influências no meio da década de 60, e foi com essa idéia que Antônio Adolfo compôs com Tibério Gaspar a “toada-moderna”, segundo ele, “Sá Marina”, estouro na voz de Wilson Simonal em 1968, ficando com o posto de primeiro lugar nas paradas por 19 semanas seguidas. A união de bossa nova, toada e iê iê iê surtiu o efeito esperado, Sá Marina subiu a ladeira para não descer mais.

Vesti azul (pilantragem, 1968) – Nonato Buzar
Wilson Simonal era segundo Luís Carlos Mielle, “o maior cantor do Brasil”, e isso na década de 60 era inegável de se contestar. Não à toa ele comandava programas de TV, a exemplo do “Show em Si Monal” na Record e era frequentemente líder de vendas de discos. Foi por essa época, em 1968, que ele gravou uma canção de Nonato Buzar chamada “Vesti Azul”, cantada no mesmo ano com o nome de “Anjo Azul” pela cantora mirim Adriana, de apenas 14 anos. A versão de Simonal, como não poderia deixar de ser, chamou bem mais atenção.

Lido na Rádio Itatiaia por Acir Antão dia 26/02/2012.

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Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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