Entrevista: Leandro Sapucahy

“Alguns procuram os padres, outros a poesia, eu, os amigos.” Virginia Woolf

Leandro Sapucahy

“Tenho a consciência de que o público, ás vezes, nem presta atenção, está lá, no show, só para azarar”, confirma Leandro Sapucahy, ao repercutir o estilo do trabalho “Baile do Sapuca – Sapucapeta”, posto no mercado em formato DVD pela gravadora Sony Music.

Gravado no Rio de Janeiro, na casa de shows Marina da Glória, o baile nasceu “despretensiosamente, de maneira muito espontânea”, e acabou se transformado em verdadeiro fenômeno de proporções nacionais, lotando espaços em Brasília, Maranhão, Piauí, Natal, Salvador e São Paulo.

PARTICIPAÇÕES
Com convidados de forte apelo popular, como Marcelo D2, Naldo e Fernanda Abreu, e outros nem tanto, caso de Preta Gil, presentes desde o início do projeto, e “dando moral” à iniciativa, o audiovisual enfileira sucessos que vão de Tim Maia a Nando Reis, passando por pagode, funk, samba e rock, sempre com o viés preponderante do consumível pelo mercado.

“Só tem música pra cima, descontraída, animada, não tem nenhuma lamuriosa”, declara Leandro. A exceção entre as participações é a do rapper Emicida, convidado especialmente para o registro, em virtude da admiração por parte de Sapucahy e a percepção de que a canção “Nega Boy” se encaixava perfeitamente no universo do artista. O clima de festa, no entanto, não cai, e mantém a euforia em todos os momentos.

CARREIRA
Produtor de várias discos, como o de Marcelo D2 dedicado à Bezerra da Silva,  Leandro também se arriscou no gênero e prestou as honras para Roberto Ribeiro, em trabalho caprichoso de pouco alcance em massa. “Num projeto como o ‘Baile’, ás vezes até me divirto mais. Conheço o público ao qual direciono cada tipo de disco. O dedicado a Roberto tem outra linguagem, com arregimentação cuidadosa, exige uma reflexão”.

Em relação à possibilidade de qualidade artística e vendagem conviverem juntos, o entrevistado prefere caminhar entre as duas, separadamente. “Para fomentar uma carreira de substância é preciso paciência. Hoje, graças a Deus, tenho um número bom de êxitos, estou satisfeito. Ao mesmo tempo traço essa linha de produtos que trazem, de forma mais imediata, o retorno numérico”, conclui.

Leandro Sapucahy Entrevista

Raphael Vidigal

Publicado no jornal “Hoje em Dia” em 23/12/2012.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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