Conheça 10 artistas-mirins que fizeram sucesso no Brasil

*por Raphael Vidigal

“E observávamos o mundo dos adultos com nossos olhos de criança, de forma oposta, de cima para baixo.” Sebastião Vidigal

Carla Diaz voltou do “Paredão Falso” do BBB21 botando pra quebrar e agitando a casa que, em sua maioria, estava conformada e até festejando a saída da atriz. Como outras personalidades da cena cultural brasileira, Carla é exemplo de artista que começou a carreira mirim, ainda como uma criança, e logo chamou a atenção do público. A primeira aparição foi com apenas 2 anos de idade, em comerciais. Em seguida, ela estreou na novela “Éramos Seis”, do SBT, em 1994, e, na sequência, integrou o elenco de “Chiquititas” na mesma emissora. Após ir para a Globo, atuou em “Laços de Família” e teve o maior destaque da carreira em “O Clone”, papel pelo qual ficou marcada até hoje. O trabalho mais recente da paulistana, de 30 anos, foi em “Espelho da Vida”, transmitida até o ano 2019.

Bruna Marquezine
Natural de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Bruna Marquezine tinha 5 anos de idade quando participou de um comercial da Polícia Militar de São Paulo sobre a prevenção de suicídio. O material chegou às mãos de Manoel Carlos e Ricardo Waddington, que a escalaram para a novela “Mulheres Apaixonadas”, da Globo. Com apenas 8 anos, Bruna virou um fenômeno na pele da personagem Salete, e logo foi convidada para participar do filme “Xuxa Abracadabra”. Antes, ela integrou o elenco do infantil “Gente Inocente”, conduzido por Marcio Garcia. O último papel de Bruna foi em “Deus Salve o Rei”.

Marina Ruy Barbosa
A ruivinha Marina Ruy Barbosa começou a carreira na dramaturgia ao lado da “Rainha dos Baixinhos”, ao participar do filme “Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida”, em 2004. No mesmo ano, estreou na novela “Começar de Novo”, onde interpretou a anjinha-da-guarda Ana. O passo seguinte foi dado com a presença em “Belíssima”, em que se tornou neta da vilã vivida por Fernanda Montenegro. Na adolescência, passou a apresentar o programa “TV Globinho”. Ao integrar o elenco da novela “Amor à Vida”, em 2013, Marina ganhou destaque nas manchetes e foi colocada em listas de mulheres sexys e elegantes. Tem 25 anos.

Fernanda Souza
Não adianta negar. Fernanda Souza é a mais famosa de todas as “Chiquititas” brasileiras. Ela viveu a protagonista Mili, uma órfã carismática, na versão brasileira da novela apresentada pelo STB. Antes, ela já havia sido escalada para comandar o programa “X-Tudo”, na TV Cultura, aos 8 anos de idade. A carreira de Fernanda rapidamente tomou impulso e ela se destacou em novelas como “Alma Gêmea” e “Ti-Ti-Ti”. A veia cômica da atriz foi percebida por Miguel Falabella, que a escalou como sua filha no seriado “Toma Lá Dá Cá”. No cinema, ela atuou com Eliana, e em dois longas da comédia “Muita Calma Nessa Hora”.

Sandy
Sandy é o mais perfeito exemplo de uma carreira-mirim bem-sucedida na música brasileira. A cantora, que estreou ao lado do irmão e por muitos anos seguiu a dupla com Júnior, soube dar cada passo na carreira. Da música sertaneja e caipira, passou para o segmento pop voltado ao público adolescente, ao mesmo tempo em que burilava a imagem de intérprete com dotes vocais privilegiados em encontros com artistas do porte de Andrea Bocelli. A carreira-solo nunca ficou de lado, e, em 2007, veio a decisão de anunciar a dissolução da parceria com o irmão. Ao mesmo tempo, Sandy atuou em filmes, seriados e novelas televisivas.

Deborah Secco
Deborah Secco começou cedo. Aos 8 anos de idade ela estreava em comerciais e, aos 10, encenava o seu primeiro espetáculo: “Brincando de Era Uma Vez”. Logo na sequência, com 11 anos, atuou em “Mico Preto”, da Globo. Em 1994, foi para a TV Cultura viver um dos papeis mais marcantes de sua trajetória: a desinibida Carol, de “Confissões de Adolescente”, com roteiro de Domingos de Oliveira. O sucesso rendeu a ela o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria atriz revelação. Desde então, Deborah passou por um sem número de novelas, posou nua para a revista Playboy, fez teatro e cinema.

Simony
No dia 7 de março de 1983, estreava nas manhãs da Globo um programa que entraria para a história, assim como seus participantes. Era “A Turma do Balão Mágico”, que logo transformou Simony, com apenas 6 anos de idade, na “Princesinha do Brasil”. A atração liderou a audiência por três anos seguidos, e os cinco discos da trupe venderam mais de 10 milhões de cópias em todo o país. O “Balão Mágico”, dedicado ao público infantil, chegou ao fim em 1986, mas Simony não parou. Ela começou uma dupla com Jairzinho, seu companheiro de programa, e manteve a carreira em alta. Mais tarde, Simony virou apresentadora.

Jairzinho
Jairzinho também estava na turma do “Balão Mágico” que mudou a programação infantil no Brasil, ao lado de personagens como o inesquecível Fofão. Após o fim da parceria com Simony, ele operou uma mudança radical na carreira, a começar pelo nome: deixou de ser Jairzinho e passou a atender por Jair Oliveira. Filho do cantor Jair Rodrigues, investe em um trabalho autoral ao lado de outros herdeiros de artistas famosos, como João Marcelo Bôscoli e Pedro Mariano (filhos de Elis), Max de Castro e Simoninha (filhos de Simonal). Em sua carreira-solo, passa a travar parcerias com nomes importantes, como Tom Zé, em “Imprensa Cantada”.

Selton Mello
Um dos atores de maior prestígio do Brasil, o mineiro Selton Mello, natural de Passos, começou a carreira aos 8 anos, no seriado “Dona Santa”, da Band. Dois anos depois, revelou outro de seus talentos, ao dublar o personagem Charlie Brown, ao que se seguiram trabalhos de dublagem em filmes como “Loucademia de Polícia” e “Karatê Kid”. A voz marcante de Selton não ofuscou a verve dramática, e ele se destacou em novelas como “Corpo a Corpo” e “Sinhá Moça”. Em 2000, passou a ser eternamente associado ao personagem Chicó de “O Auto da Compadecida”. O cinema se tornou prioridade, e Selton foi de ator a diretor.

Gloria Pires
Filha do ator e humorista Antônio Carlos Pires, a carioca Gloria Pires seguiu os passos do pai e, aos 6 anos de idade, fez um teste para ser a voz de Bambi no filme da Disney, mas perdeu a vaga para outra criança. A desfeita não a desanimou e, com 8 anos, apareceu em “A Pequena Órfã”, da Globo. No mesmo ano, trabalhou ao lado do pai e de Chico Anysio no seriado “Chico City”. Em 1972, viveu a pequena Fátima, na novela “Selva de Pedra”, e não parou mais. Gloria se consagrou como uma das principais atrizes do Brasil, tendo no currículo filmes como “O Quatrilho” e “Nise: O Coração da Loucura”. É mãe de Cleo Pires.

Foto: Globo/Reprodução.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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