Homem do teatro ou da melodia? Cabelos ao vento ou de cimento? Filho de Brasília ou pai da interpretação? Nenhuma delas, Oswaldo Montenegro, querelas à parte, faz arte. Brinca com as palavras, brinda com vinho-canção. Ode à melancolia ou trote à alegria barata, tudo pode, sem nada gasta, insurge a graça feito garça no horizonte anil da popular música brasileira.
Duas metades. Dois nomes grandes. Oswaldo. Montenegro. Centopéia cheia com credos calombos carbonos juízes? Oras, somos todos lumes seja na igreja ou na pradaria. Cada um ilumina o que enxerga, atenta, escapa ou aliança de dedo na mão agora é aliança de dedo na mão? Depende. Varia. Verte.
“Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade”
Varinha serve pra mágica como serve pra coisa alguma. São João existe Del Rei como carpinteiro, pedreiro, frases batidas no liquidificador. Lenhas, violões, automóveis, ‘poeta maldito, moleque vadio’. Bandolins, bordões e traves: bailarina se equilibra na corda bamba, corda estática é pra ludibriar cão de guarda.
O condor voa baixo, a Dança dos Signos se instaura, Léo e Bia são como Lua e Flor, e na intuição o Chato acha ter Vida de Artista e como Estrela se manda junto aos Filhos Hippie no Celeiro chamado motivação musical. Chama para alguns, crista azulada para outros. Uns atendem, outros não. Mera filosofia, a outra agonia.
“Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos bandolins…”
Raphael Vidigal
5 Comentários
Oswaldo Montenegro é feito vinho…quanto mais velho, melhor!
ele é tudibao
Obrigado pela visita ao site, Isadora e Denise. Abraços
Legal Raphael Vidigal. Gosto e interesses refinados.
Muito obrigado, Ercio Sena ! Volte sempre ao site. Atualizações diárias. Abraços