*por Raphael Vidigal
“A lenda, porque lenda, é verdadeira.
Pois o próprio das lendas é a verdade,
como próprio do amor que não se acabe,
que seja fundamento de si mesmo
e fundamente a vida de quem ama.” Thiago de Mello
O jazz é dos negros. A igreja dos brancos. Mas e o piano? Com suas teclas misturadas, promove uma interação racial? Afirmações idiotas como as acima apenas servem para reforçar o caráter separatista de algumas imposições. Só que existe um adendo, porém, porquanto.
A Música é universal. E Nat King Cole fez questão de unir em seu canto várias as vertentes. Fossem elas clássicas, gospel, românticas ou castelhanas. Não interessava. Mas somente a semente e sabor do sentimento levado aos ouvidos como a mãe águia solta a comida no céu para que o filho arranque em disparada e capture.
“There was a boy
A very strange, enchanted boy
They say he wondered very far
Very far, over land and sea
A little shy and sad of eye
But very wise was he”
Cantou em português, espanhol, inglês. Contribuiu para a paz e lutou contra a intolerância da maneira mais extraordinária que um rei não totalitário e reivindicado pelo povo poderia fazer. Maciez de seda na boca, toque sensível nos dedos, sucessos de amor. Nat King Cole uniu, não separou. O coral universal é a morada do anjo multicolorido da canção.
Nat King Cole nasceu em Montgomery, nos Estados Unidos, no dia 17 de março de 1919, e morreu em Santa Mônica, na Califórnia, no dia 15 de fevereiro de 1965, com apenas 45 anos de idade. O cantor e pianista, um dos maiores da história do jazz, foi vítima de um câncer no pulmão. Mas a história de Nat King Cole também está ligada ao Brasil, por onde ele excursionou em 1959, a convite do então presidente Juscelino Kubistchek, chegando a gravar canções em português. Um de seus maiores hits, “Smile”, foi lançado em 1954.
“Unforgettable” (canção, 1951) – Irving Gordon
Sam, personagem de Dooley Wilson, foi quem popularizou a canção “As Time Goes By”, ao interpretá-la no clássico filme noir “Casablanca”, protagonizado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, o casal mais sensual da história do cinema, em 1942. Ela já havia sido lançada em 1931, na gravação de Rudy Vallee. Composta por Herman Hupfeld foi regravada por Billie Holiday, Louis Armstrong, Nat King Cole e Carly Simon, mantendo aceso o seu poder de fogo. Outra canção desse repertório de estandartes que se eternizou no canto de Nat King Cole foi “Unforgettable”, de Irving Gordon, lançada em 1951.
“Ninguém Me Ama” (samba-canção, 1952) – Fernando Lobo e Antônio Maria
“Ninguém Me Ama”, samba-canção de 1952, composto por Fernando Lobo e Antônio Maria, é dono de versos que ninguém esquece: “Ninguém me ama/ Ninguém me quer/ Ninguém me chama/ De ‘meu amor’”. A música foi lançada por Nora Ney, com seu estilo inconfundível de canto falado, que sublinhava ainda mais a dor da canção. Depois, recebeu regravações de Nelson Gonçalves, Nat King Cole, Maria Creuza, Nana Caymmi e do Quarteto em Cy.
13 Comentários
Cada dia mais bacana o site Vidigal!!abraços
Valeu, Luiz Gustavo! Abraços
Adoro o Nat King Cole!! Adoroooooooooooooooooooo
Obrigado pelo retorno Martha. Volte sempre! Abraços
Nat King Cole desde criança esteve ligado à música, inclusive, aprendeu a tocar piano na igreja onde seu pai era pastor. Lutou contra o racismo durante toda a sua vida, sempre recusando-se a cantar em plateias com segregação racial.Faz jus ao apelido de King Cole. Mais uma vez obrigada Raphael Vidigal, você tem um excelente gosto musical!!
Quizás, Quizás, Quizás…rsrs
NKC, “A VOZ da SURDINA ESPECIAL” !…
Agradeço a todos que comentaram! Voltem sempre! Abraços
Esse e imortal!sempre e sempre bela escolha!!e minha cara!
Excelente músico, Marta! Abraços
Imortal!!!
Nat King Cole an amazing song writer and singer
Sem dúvidas, Janete! Obrigado pelo comentário. =) Volte sempre ao site!
Yeah, Tammy Thompson!
grande mestre da voz inesquecível