“E embora meu parco renome,
Minha obra – um dia estival – já teve mecenas:
Primeiro, foi uma rainha;
Depois, uma borboleta.” Emily Dickinson
Com um boneco encobrindo a luva, sentado sobre caixote de frutas, o ventríloquo dispersa arte para o mundo. As palavras que ele não diz caem no colo do personagem. Muito da fantasia está no gesto engraçado. Mas é que este homem esconde outro segredo, além da voz despistada. No auditório da rádio Cajuti, programa de Francisco Alves, uma das filhas chega atrasada. É a chance para a outra, Linda, estrear em grande estilo e aplausos. Dali por diante, ela, última a entrar em cena, por ironia do destino, contando com a sorte dos astros, será a primeira.
Primeira Rainha do Rádio, por 11 anos seguidos título de sua exclusividade. Compositora rara, autora de sambas-canção e também cantora eclética, indo do dramático de Lupicínio Rodrigues e Ary Barroso à animação de Wilson Batista, Fernando Lobo e Evaldo Rui, esses últimos os autores da Nega Maluca. Impossível riscar o teu nome da agenda musical brasileira, nenhuma vingança compreende a generosidade de teu talento, Linda Batista, uma canção amorosa e convicta a refratar nossa memória saudosa.
Raphael Vidigal
Lido na rádio Itatiaia por Acir Antão em 17/06/2012.
15 Comentários
Maravilhosa cantora. O que é bom fica pra sempre.
Ola vou compartilhar na pagina do meu pai!! Obrigada
eu não lembro dela, mais,minha mãe sim .Todas as músicas antigas são lindas,parabéns!!!!!
Vou compartilhar agora! Obrigado amigo! Amo a Linda!
É uma riqueza nos depararmos com belíssimos dados históricos de nosso rádio. Muito obrigado!!!
meu pai era muito fã dela
Bacaaaana
Rainha…
Eu apoio e aplaudo!!!!! 😉
Legal.
Aprendendo sempre com Raphael Vidigal!!!!!!
Grande ícone do rádio brasileiro.
Que maravilha!!! 😉
Raphael Vidigal Excelente artigo documental. Parabéns!
Muito bom!