Jogos de Amor

“A fidelidade é para a vida emotiva o que a coerência é para a vida intelectual: simplesmente uma confissão de insucessos. Uma falta de imaginação.” Oscar Wilde

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Dois amigos maquinam as estratégias em meio a pesos e algumas modéstias. Moedas.
Começa o jogo:
“Quando o seu cel phone tocar, não atenda! Espere a próxima ligação. Faça-se de bobo (partindo-se do pressuposto de que ainda não o é).”
Lição aprendida, lição dada : dissimulação.

Duas amigas maquiam as peripécias em meio a blushes e algumas sonecas. Bonecas.
Ainda o jogo:
“Não corra, não vá, não se mova, não olhe pra trás. Cultive esse seu belo jardim, para que a borboleta venha e pouse em paz.”
Lição dada, lição aprendida: poesia contemporânea.

Um carrasco e um condenado surrupiam identidades em silêncio e sem fazer alarde. Agrade.
Mais do jogo:
“Não dê bandeira meu amigo, esconda essa sua mão beijada. Dê um passo atrás, para que lá na frente, dê-se dois a mais.”
Lição dada, lição apreendida : forca.

Fim de jogo.
Os oponentes se abraçam em demonstração de fidelidade.
Relação custo-prejuízo.

À bem da verdade, todos os anjos têm sexo. E a esses insetos em volta da lâmpada, só lhes resta o nexo.
Falou Deus.

Jogos de Amor. Quem nunca brincou?

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Raphael Vidigal

Pinturas: “Anjos”; e “O Triunfo de Galatéia”, de Rafael, respectivamente.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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