Projeto Pizindin homenageia Jacob do Bandolim com performance luxuosa
A noite em homenagem a Jacob não poderia ter outro convidado como destaque especial: o bandolim. Carregado pelas mãos sensíveis do jovem solista Marcos Frederico, os dois, instrumento e instrumentista, se encarregaram de enfeitar a festa com anedotas, timbres e notas.
Acalentado pelo carisma e simplicidade do seu idealizador, o veterano mestre do gênero Mozart Secundino, responsável pelo manejo do violão, o grupo de choro ‘Quem Não Chora Não Mama’ subiu ao palco do Conservatório da UFMG na noite da última segunda-feira em sua completude que reúne características mistas dos integrantes.
Na vitalidade e irreverência do trombone e violão de 7 cordas vinham os discípulos Alaécio Martins e Humberto Junqueira, enquanto a harmoniosa experiência era oferecida de bom grado pelos sacerdotes Zito no pandeiro e Zé Carlos no cavaquinho. Mistura fina para repertório nobre.
O Projeto Pizindin, que conta com produção de Lilian Macedo e apresentação da atriz, musicista e contadora de histórias Beatriz Myrrha, estava em uma de suas apresentações mais esperadas e exalava um clima de expectativa e saudade por entre as cadeiras do Conservatório.
Logo ao atacar o primeiro número da noite, a relativamente desconhecida do grande público, ‘Benzinho’, o grupo já solicitava aplausos que pareceriam modestos em comparação às reações posteriores.
Adotando a estratégia de apresentar primeiro as composições menos populares para encerrar a noite com verdadeiros clássicos criados e interpretados por Jacob do Bandolim, o sexteto mostrou-se bem entrosado e inspirado durante todas as músicas: ‘Cristal’, ‘Entre mil…você!’, ‘Cadência’, ‘Bole bole’, ‘Noites cariocas’, ‘Doce de coco’, ‘Assanhado’, e outras.
Dessa maneira, alternando tempos e marcações merecedoras da espontaneidade que marca o ritmo musical, abalizados por irrepreensível condução das melodias, o grupo ‘Quem Não Chora Não Mama’ arrancou bem mais do que performances dignas da lembrança de Jacob, tão altos foram os suspiros e palmas emanadas daqueles que se sentiam atingir pela emoção da música.
Aos poucos, quando o Conservatório ia ficando vazio, repleto ainda pelos ecos sonoros daquela noite, todos os instrumentos já descansavam tranqüilos nas mãos de seus donos ou guardados em respectivas caixas, exceto um. O bandolim ficara para adornar o palco.
Raphael Vidigal
9 Comentários
Muito bonito, sonoro, agradável de ouvir e sentir esse espetáculo. Gostei muito, Raphael! Deu vontade de estar lá. Quem sabe no próximo…Seu texto, bem escrito e poético, como sempre, nos emociona. O grupo, “Quem não chora não mama”, está de parabéns…
Raphael, muito obrigada. Adorei!!! Vou imprimir pra eles guardarem de lembrança… Seu vídeo, busco na próxima segunda, encomendei… rss Seja sempre muito bem vindo!!!
Raphael,
também agradeço profundamente e parabenizo-o pela iniciativa em divulgar o trabalho desses músicos maravilhosos e os produtores que de fato, apostam, apoiam, incentivam e fazem acontecer. Da minha parte, uma honra estar entre todos vocês.
Grande abraço e sucesso sempre!!!
Obrigada, Raphael Vidigal. Encantada com seu trabalho e seu carinho… Mande sempre. Quero ser lembrada de ir até a esquina pra poder curtir tudo!!! Beijos!
Agradeço a vocês 3 pelos elogios: Fátima, Lilian e Beatriz. =) São esses comentários que engrandecem o site.
Muito Obrigado. Ontem teve bom mesmo. Abraço a todos. É uma alegria fazer parte disso tudo.
Com certeza, Humberto Junqueira! Eu que agradeço a passagem pelo site. Abraços
Olá Raphael, Bela noite né? Público e músicos jogando juntos a favor da música de Jacob. O bandolim queria ficar mais um pouco, eu deixei.
Adorei o texto e visitarei sempre o site/blog. grande abraço!
Obrigadíssimo, Marcos Frederico. Fico feliz pelas palavras e principalmente pelo som com que nos brindou a todos naquela noite. Volte sempre! Abraços