A cantora Ke$ha expressa, já no nome, o desejo por gordos cifrões. Essa é a receita infalível para quem sobrevive estritamente do universo pop, no concernente à alta quantia monetária que ainda gira, mesmo após a decaída das grandes gravadoras em vista da explosão do universo cibernético de livre acesso às canções.
Com sua mistura de eletrônica e rap, a artista teve uma ascendência meteórica na carreira, algo bem comum para quem transita em tal meio. No entanto, com a mesma velocidade que o mundo pop constrói teus ídolos, também é capaz de destruí-los. Agora, a rede de televisão especializada em música, MTV, promete lançar série de documentários sobre a vida de Ke$ha.
O que de tão interessante existe na rotina e no trabalho da intérprete, é um mistério, desvelado pela intolerante fome dos publicitários do ramo em lucrar, incessantemente, com produtos de ordem medíocre. Ao menos se os avaliarmos do ponto de vista artístico. E mesmo segundo a cultura de massa, Ke$ha não tem lá muito a oferecer.
Na verdade, representa as ávidas obsessões de garotas e garotos em vias da adolescência, resistindo a adentrar o mundo jovem (que seja) sem a mochila de mimos nas costas. E o que representa esse cenário pálido é algo altamente artificial e desprovido de identidade, onde a evolução da tecnologia prejudica qualquer “tentativa” de cantar de fato.
Raphael Vidigal
1 Comentário
Além de ‘Ke$ha’ (nome artístico terrível) se sentir a cantora top da balada com glitteres no olho e apelos sexuais, as músicas não tem o menor sentido. Até eu canto bem com 500 efeitos de djs e acredito que não vá me acrescentar em nada um documentário de gente fútil.
adorei o texto, Raphael, parabéns!