“O vento assovia de frio
nas ruas da minha cidade
enquanto a rosa-dos-ventos
eternamente despetala-se” Mario Quintana
Centros culturais espalham-se no Brasil. Entre os espalhados, amontoados, aqueles que carregam no sobrenome a alcunha de favelados.
Centros culturais oferecem atividades que a escola deveria oferecer. Mas não há escola por aqui.
Pois se a escola muitas vezes deturpa, aqui deturpados são sem escola e sem oração.
Vemos aqui sujeitos no palco, da vida e do teatro. Sujeitos na pista, de dança e de corrida. Música para os ouvidos, mente e coração.
Tudo se une, se amontoa, espalha.
O palco invade a pista, que invade a cabeça que liga direto ao coração dos que assistem e participam.
É uma iniciativa fundamental para o país. Merece louros e aplausos. Surgida por conta da mais pura necessidade, da falta total, do abandono, da exclusão.
O ideal seria que grupos como esses continuassem existindo não pela falta, mas em consenso com o resto da população. Que fossem incluídos não apenas dentro de seus feudos, mas sim do mudo inteiro, sim o mundo inteiro!
Que as pessoas se conscientizem, conheçam e apoiem mais, muito mais, o Centro Cultural Vila Marçola, os projetos Cultura da Criança, Brinquedos e Brincadeiras, Senhores e Senhoras do Tempo, o Grupo Juventude em Ação e o Rosa dos Ventos.
Que a Rosa gire, o Vento leve e a População respire.
Raphael Vidigal
Fotos: Arquivo e Divulgação.