Roque Ferreira compôs sambas de roda da Bahia e encantou Bethânia

Samba

*por Raphael Vidigal

“Se não houvesse saudade,
solidão nem despedida…
Se a vida inteira não fosse,
além de breve, perdida!” Cecília Meireles

Quem é o homem por trás da reza dessa menina? Fio aceso navalha convicta no interior da Bahia. Recôncavo revanche às pilastras. O resto é mistério, segredo de quem vem de lá. Não basta dizer é ouvir e avir e iridescente há.

O conluio entre ele, Batatinha, Edil Pacheco, Riachão, Ederaldo Gentil, Nélson Rufino, Walter Lima e Panela. Pois covardemente rasparam o tacho mais gorduroso da música brasileira. E dessa forma, cozeram as suculências que nos legam água na boca.

Tem as sete faces da lua, possui ossos de borboleta, como Manoel de Barros, poeta das coisas inúteis e prismas. Todas inéditas. Há de nos amanhecer um ‘doce de cajá’ com ‘bolero’, pois ei de ‘coração valente’ e ‘a sangue frio’, inventar um ‘triste regresso’ para meu bom filho. Ave Roque Ferreira.

“Folia de Reis” (2014) – Roque Ferreira
Em “Meus Quintais”, seu mais recente disco de inéditas, Maria Bethânia resolveu reacender as tradições de um Brasil interiorano e rural, e recebeu de presente do compositor Roque Ferreira a música “Folia de Reis”. Dedicada a Rodrigo, o irmão mais velho de Bethânia, e responsável por recuperar a celebração na terra natal da família, a cantiga saúda: “Em nome dos santos reis/ E do santo filho de Maria…”.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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