Relembre grandes sucessos de Arnaldo Antunes, dos Titãs aos Tribalistas

*por Raphael Vidigal Aroeira

“não sou o silêncio
que quer dizer palavras
ou bater palmas
pras performances do acaso” Paulo Leminski

Arnaldo Augusto Antunes Filho, conhecido como Arnaldo Antunes, nasceu em São Paulo, no dia 2 de setembro de 1960. Poeta, músico, compositor e artista visual, ele começou a carreira no grupo de Titãs no início da década de 1980, contribuindo com canções famosas, como “Comida”, “Não Vou me Adaptar”, “Televisão”, entre outras. Após seis discos, deixou o grupo e iniciou uma bem-sucedida carreira-solo, que também abriu espaço para projetos coletivos como os Tribalistas, ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown. Entre os maiores sucessos de Arnaldo Antunes estão músicas como “Socorro”, gravada por Cássia Eller e Gal Costa, “Envelhecer”, “A Casa É Sua”, “Inclassificáveis”, etc.

“Judiaria” (guarânia, 1971) – Lupicínio Rodrigues
Não é por acaso que Lupicínio Rodrigues é considerado o inventor da dor de cotovelo, gênero musical também conhecido como música de fossa. A expressão teria nascido pelo fato de os amantes dispensados e lamentosos habituarem-se a apoiar os cotovelos nas mesas de bar, enquanto choravam suas dores de amor. O próprio Lupicínio teria repetido a atitude inúmeras vezes nos bares de Porto Alegre. Autor de clássicos como “Nunca”, “Vingança”, “Esses Moços” e “Cadeira Vazia”, o gaúcho compôs, em 1971, uma guarânia, que ele mesmo lançou. “Judiaria” repete a sina dos amores desfeitos e coloca a mágoa em primeiro plano. Arnaldo Antunes deu tons roqueiros ao regravá-la em 1995.

“Sou Uma Criança, Não Entendo Nada” (rock, 1974) – Erasmo Carlos e Giuseppe Artidoro Ghiaroni
Em 1974, Erasmo Carlos compôs, com o poeta e jornalista Giuseppe Artidoro Ghiaroni, mais um dentre os inúmeros sucessos da Jovem Guarda. “Sou Uma Criança, Não Entendo Nada”, lançada por Erasmo, e depois regravada em parceria com Arnaldo Antunes e mais tarde por Lulu Santos, se vale de um perspicaz jogo de palavras e situações para pôr em xeque as condições pré-estabelecidas do adulto e da criança. Na composição, Erasmo e Ghiaroni expõem a ânsia da criança em se tornar adulto, e, na sequência, a nostalgia desse mesmo adulto em relação à sua infância, quando “por dentro com a alma atarantada/ sou uma criança, não entendo nada”, reafirmam nos versos finais da canção, também gravada pela banda gaúcha Cachorro Grande e pelo compositor carioca Oswaldo Montenegro, entre outros.

“Mal Nenhum” (rock, 1985) – Cazuza e Lobão
Similaridades de comportamento e gostos em comum uniam Lobão e Cazuza. Em 1985, ambos expulsos de seus respectivos grupos, “Barão Vermelho” e “Os Ronaldos”, encontraram-se no Baixo Leblon e, por sugestão de Cazuza, iniciaram parceria musical. A música “Mal nenhum”, lançada por Cazuza em seu primeiro disco solo, “Exagerado”, de 1985, foi apresentada pelo cantor pela primeira vez durante o “Rock In Rio” daquele ano, ainda na companhia do grupo “Barão Vermelho”. Antes de cantá-la Cazuza faz uma defesa, a seus modos, de Lobão. O autor da letra afirma que o texto diz respeito a “uma fase em que nem eu me aguentava. Andava meio agressivo e o Lobão estava parecido comigo”. Já Lobão, responsável pela melodia diz que “apesar de parecer simples, foi bastante trabalhada”. O que emerge deste conjunto é uma música visceral, lírica, recado de uma geração para seus afetos e opressores. Regravada, entre outros, por Lobão, Cássia Eller e Arnaldo Antunes.

“Família” (rock, 1986) – Arnaldo Antunes e Tony Bellotto
Talvez essa seja uma das músicas sobre família mais identificadas com o público brasileiro. Ironicamente, a canção aparece num dos discos mais pesados do grupo Titãs, o emblemático “Cabeça Dinossauro”, de 1986. O lançamento foi precedido pela prisão de Arnaldo Antunes e Tony Bellotto, compositores de “Família”, por porte de heroína. Cercado por polêmicas, o álbum alcançou sucesso de público e de crítica. “Família” capta momentos do ambiente familiar, sem a natural condescendência, o que deve ter contribuído para seu sucesso, e conta com um refrão marcante. Foi regrada por Nando Reis e pelo grupo Molejo.

“Comida” (Rock, 1987) – Arnaldo Antunes, Sérgio Britto e Marcelo Fromer
Betinho sempre se referiu à extinção da miséria e da fome como o primeiro passo para a volta da dignidade de milhões de pessoas no Brasil. Da mesma forma, Arnaldo Antunes, Sérgio Britto e Marcelo Fromer partem deste ponto de partida para exigir melhorias na qualidade de vida do brasileiro. Lançada em 1987 pelo grupo “Titãs”, a música “Comida”, um rock bem característico do grupo paulistano, integrou o álbum “Jesus não tem dentes no país dos banguelas” como um de seus maiores sucessos, senão o maior deles. O viés político fica claro deste a primeira linha e o refrão pungente. “Bebida é água! Comida é pasto! Você tem fome de quê? Você tem sede de quê? A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. E está dado o recado.

“Cabelo” (samba-rock, 1989) – Jorge Ben Jor e Arnaldo Antunes
A aptidão para encontros musicais de Arnaldo Antunes começou a se expressar quando ele ainda integrava os Titãs. Em 1989, fazendo parte do grupo paulista, Arnaldo criou parceria com Jorge Ben Jor, que seria lançada no disco “Benjor”, de 1989. “Cabelo” foi um estouro imediato e logo chamou a atenção de Gal Costa, que a regravou no ano seguinte, no LP “Plural”. Em 2010, Arnaldo e Jorge Ben Jor realizaram um inédito dueto da canção, no álbum “Ao Vivo Lá Em Casa”, que gerou CD e DVD. Com versos aparentemente simples, a letra abrange questões amplas, que vão do racismo ao existencialismo. “Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada/ Quem disse que cabelo não sente/ Quem disse que cabelo não gosta de pente/ Cabelo quando cresce é tempo/ Cabelo embaraçado é vento”, conceitua o samba-rock.

“Grávida” (MPB, 1991) – Arnaldo Antunes
Outra contribuição de Marina Lima para o universo feminista foi a música “Grávida”, música de Arnaldo Antunes gravada por ela em 1991. Nela, Marina revela outra faceta da mulher moderna, livre. O desejo da maternidade que não anula em nada as outras conquistas e os ambientes que esta mulher explora. Por isso a grávida da canção é capaz de gerir um filho como também “um terremoto, uma bomba, uma cor, uma locomotiva a vapor”. A capacidade geradora da mulher, seu senso de maternidade se aliança, desta maneira, às novas expectativas e perspectivas de um mundo moderno. Que talvez tenha começado quando Leila Diniz, grávida, expôs a barriga na praia em seu biquíni.

“Socorro” (blues, 1994) – Arnaldo Antunes e Alice Ruiz
Apontado como um poeta do rock nacional, Arnaldo Antunes se uniu a uma grande poeta para compor, em 1994, uma de suas mais expressivas canções. “Socorro” é resultado da parceria de Arnaldo com Alice Ruiz, que foi casada com Paulo Leminski. Em clima de blues, principalmente no canto rascante de Cássia Eller, a música ganhou a sua primeira gravação no disco homônimo lançado pela cantora. Arnaldo Antunes só lançou a sua versão quatro anos depois, em 1998, no elogiado álbum “Um Som”. Já Alice a registrou em 2004. Comprovando o poder de fascinação da música, Gal Costa a regravou em 2002. “Socorro, não estou sentindo nada/ Nem medo, nem calor, nem fogo/ Não vai dar mais pra chorar/ Nem pra rir/ Socorro, alguma alma, mesmo que penada/ Me empreste suas penas/ Já não sinto amor nem dor/ Já não sinto nada”, proclamam os versos que dispensam maiores explicações. Basta ouvir.

“Luzes” (flamenco, 1994) – Paulo Leminski
Paulo Leminski morreu em 1989, aos 44 anos, vítima de cirrose hepática consequente de abusos do álcool. Sua obra continuou sendo lançada em livros, com poemas inéditos e outras reedições, e invadiu os ramos da cultura pop onde ele trafegou com inconfundível especialidade, no fio da lâmina do samurai que combinava a erudição a uma postura irreverente e combativa, com olhos voltados para o todo, e não a um nicho elitista. Em 1994, a cantora Susana Sales lançou em disco uma das preciosidades do poeta, a canção “Luzes”. Arnaldo Antunes, em 2001, com expressivo e voluptuoso arranjo de teor flamenco, a relançou no álbum “paradeiro”. Duas provas incontestáveis do poder inflamável das luzes de Paulo Leminski. Basta ouvir.

“Inclassificáveis” (rock, 1996) – Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes encerra a discussão teórica sobre a denominação racial do povo brasileiro com sua poesia concreta. No ano de 1996, em rock que por si só explica a conversa. “Inclassificáveis” é o nome da canção lançada no álbum “O Silêncio”, e regravada por Ney Matogrosso em 2008, quando usou a música para intitular seu disco. Arnaldo parte das três raças que inicialmente mestiçaram e mistificaram o Brasil, “preto, branco e índio”, para alcançar a gama de culturas e cores que resultou desse congraçamento, “mulatos, mestiços, cafuzos, pardos, mamelucos” até os inventados pelo próprio autor “crilouros, guaranisseis, judárabes, orientupis”, e expressões populares cunhadas pelo povo, “sararás e caboclos”, dentre muitos outros. O arremate de Antunes é certeiro e não deixa dúvidas, ou melhor, abre espaço para perguntas, questionamentos, respostas, culturas… “Somos o que somos, somos o que somos, inclassificáveis, inclassificáveis…”.

“O Sol” (balada, 1998) – Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra
No DVD “Arnaldo Antunes Ao Vivo em Lisboa”, colocado no mercado pela Sony Music, os exemplos bem acabados da prática poesia concreta de Arnaldo Antunes emergem com força em “O Sol”, parceria com Edgar Scandurra de 1998, que traz os belos versos “o sol está brilhando muito claro/ porque hoje é seu aniversário/ nesses dias ele quase cega/ e quem é cego quase enxerga”. A música foi lançada, originalmente, no álbum “Um Som”, de Arnaldo Antunes.

“Amor, I Love You” (balada, 1999) – Carlinhos Brown e Marisa Monte
Ao invés de resistir, Carlinhos Brown e Marisa Monte decidiram assimilar a influência estrangeira na letra de “Amor, I Love You”, cujo título e refrão falam por si. A balada foi lançada em 1999 com enorme sucesso por Marisa Monte, como parte do álbum “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor”. Com um trecho do romance “O Primo Basílio”, de Eça de Queirós, recitado por Arnaldo Antunes, serviu como embrião para a formação dos Tribalistas, que lançou seu primeiro disco em 2002. Tema da novela global “Laços de Família” e indicada ao Grammy Latino de melhor canção brasileira, foi regravada por Daniel em 2015.

“Envelhecer” (pop, 2009) – Arnaldo Antunes, Marcelo Jeneci e Ortinho
Em 2009 Arnaldo Antunes atingiu o pico do projeto de transformação de sua música em algo pop, o que havia rejeitado e combatido desde a saída do grupo “Titãs”, quando mergulhara fundo nas investigações formais e de conteúdo da arte e da poesia concreta. “Envelhecer” pertence ao álbum “Iê Iê Iê”, icônico deste período. Nesta canção, apesar da irresistível leveza, Arnaldo não exclui seu olhar argucioso e as observações existenciais sobre vida, morte, tempo. Há espaço também para as habituais pitadas de ironia e inserções bem descritivas do mundo globalizado. Como, por exemplo, na menção à cantora italiana Rita Pavone, que rima com ringtone. Além de vaticinar a modernidade em envelhecer, Arnaldo, em parceria com Marcelo Jeneci e Ortinho, usa uma bela imagem para registar esse momento: “eu quero que a panela de pressão pressione”. Como se vê o artista não abriu mão nem da poesia nem das imagens, conservando princípios raros.

“A Casa É Sua” (Jovem Guarda, 2009) – Arnaldo Antunes e Ortinho
Tanto o título quanto os primeiros versos são tão marcantes que é capaz de muita gente desconfiar da própria memória ao perceber que Arnaldo Antunes nunca tinha feito um show chamado “A Casa É Sua”. Até agora. A música que aparece no disco “Iê Iê Iê” (2009) e “Ao Vivo Lá Em Casa” (2010) é daquelas que puxa todo um trabalho. “A gente acaba fazendo um repertório que passa por várias épocas da minha carreira, acaba tendo uma panorâmica bem abrangente dessa trajetória”, avalia Arnaldo Antunes. Já o formato mínimo e pouco usual na carreira do músico habituado a bandas (integrou o octeto do Titãs até 1991) e projetos coletivos (como Pequeno Cidadão e Tribalistas) também tem uma razão de ser. “Acaba sendo um show diferente, mais concentrado nas canções. Você mergulha mais nas composições do que nos ritmos. Então é menos dançante, embora, em alguns lugares, o público encontre um jeito de dançar essas melodias”, constata.

“Alma” (MPB, 2001) – Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes
Em 2001, Arnaldo Antunes teve a sua música “Alma”, parceria com Pepeu Gomes, colocada em rotação na novela global “O Clone”, na voz de Zélia Duncan. O sucesso foi imediato. No mesmo ano, Zélia divulgou a canção, que se transformou em um dos maiores hits da sua carreira, no álbum “Sortimento”. Já em 2004, ela a cantou em dueto com Pepeu Gomes e, em 2008, no disco “Amigo É Casa”, dividiu seus vocais com Simone. Arnaldo Antunes também gravou a música, em seu “Acústico MTV”, de 2012. A letra procura dar corporeidade à alma, sem perder de vista o seu aspecto etéreo e até intocável.

“Que Me Continua” (balada, 2011) – Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra
Desde que descobriu a fórmula do sucesso ao formar com Marisa Monte e Carlinhos Brown o meteórico grupo Tribalistas, em 2002, Arnaldo Antunes desistiu de “reinventar a própria roda”. Verdade seja dita, permanece caro ao músico o preceito da poesia concreta, movimento capitaneado na literatura pelos irmãos Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari que o influencia desde sempre. Sem firulas, Arnaldo explora a extensão corporal, imagética e sonora da palavra a fim de ampliar suas perspectivas. Mas, sobretudo, aparece a metástase em “Que Me Continua”, que, pela dicção de Arnaldo, pode também ser compreendida como “você que me conte nua”, música de 2011.

“De Normal Bastam os Outros” (rock, 2014) – Arnaldo Antunes
O exotismo musical de Maria Alcina, mineira de Cataguases, sempre teve em Carmen Miranda uma de suas principais referências. Por isso, não espanta que o universo teatral e circense a seduza. Em 2014, ao comemorar 40 anos de carreira, Maria Alcina ganhou de presente o álbum “De Normal Bastam os Outros”, com músicas compostas especialmente para ela por Zeca Baleiro, Péricles Cavalcanti, Karina Buhr, Anastácia e outros. A faixa-título ficou a cargo de Arnaldo Antunes, que ofereceu a Alcina um banquete para ela se deleitar com as patacoadas circenses típicas de sua personalidade artística: “De normal bastam os outros/ Vale a pena ver de novo/ Todo mundo vai ao circo/ Gente fina é outra coisa”, entoa Alcina, com a gravidade característica de sua voz singular.

“Ultra Leve” (bossa nova, 2017) – João Bosco e Arnaldo Antunes
O encontro musical entre Arnaldo Antunes e João Bosco veio à tona depois de um longo namoro. “Minha parceria com o Arnaldo Antunes estava programada há anos e agora aconteceu. Fiz uma canção com referências fortes à paisagem do Rio de Janeiro, um universo de bossa nova que achei que ele poderia gostar. A letra ficou belíssima”, elogia João Bosco. “Ultra Leve”, resultado da união, se completa com uma participação mais do que especial: Julia Bosco, filha do compositor, divide os vocais com o pai. “A Julia tem um timbre muito bonito, uma palheta na voz que lembra instrumento de sopro, como se fosse um saxofone mais grave”, compara o pai-coruja. “Achava que essa canção devia ser cantada por um homem e uma mulher, pelo clima de bossa nova e por ser o Rio essa cidade de encontros”, explica João Bosco. Difícil discordar.

“O Real Resiste” (pop rock, 2019) – Arnaldo Antunes
Uma das obras mais perturbadoras do espanhol Francisco Goya (1746-1828), pintada diante de seu horror com as guerras napoleônicas, traz a inscrição “O sono da razão produz monstros”. Foi “tomado por esse mesmo estado de perplexidade” que Arnaldo Antunes compôs, logo após o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, “O Real Resiste”. A música dá nome a seu mais novo disco, já disponível nas plataformas digitais. Lançada como single em dezembro de 2019, ela teve o seu videoclipe retirado, sem explicações, da grade de programação da TV Brasil, mantida pelo governo federal. A letra, ácida, afirma em tom de ironia: “Miliciano não existe/ Torturador não existe/ Fundamentalista não existe/ Terraplanista não existe/ Monstro, vampiro, assombração/ O real resiste/ É só pesadelo, depois passa/ Múmia, zumbi, medo, depressão…”, canta.

“Termo Morte” (balada, 2020) – Arnaldo Antunes
Quando completou 50 anos, Arnaldo Antunes compôs “Envelhecer”. Para o disco “O Real Resiste”, de 2020, ele resolveu resgatar um antigo poema às vésperas de comemorar seis décadas de vida. “Termo Morte” reflete, justamente, sobre a finitude, na busca de um acordo com a morte, para que ela “seja rápida e indolor”, como diz o cantor. “Venha/ Sem aviso/ Invisível/ E me leve o mais/ Subitamente/ Possível”, afirmam os versos da música. Cada vez mais hábil no trato das canções desde que deixou os Titãs para alçar voo solo, Arnaldo cria uma balada que trata sobre um dos temas mais ásperos da humanidade sem perder a leveza.

Matéria publicada originalmente no portal da Rádio Itatiaia, em 2021.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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