Márcio Greyck lança disco de inéditas em que toca todos os instrumentos

*por Raphael Vidigal Aroeira

“Não, eu não consigo
Acreditar
No que aconteceu
É um sonho meu
Nada se acabou” Márcio Greyck & Cobel

Márcio Pereira Leite nasceu em Belo Horizonte, no dia 30 de agosto de 1947. Músico, cantor e compositor, Márcio Greyck adotou o nome artístico logo na primeira gravação, em 1967, quando lançou a música “Venha Sorrindo” e um LP em que se destacou a versão “Minha Menina”, para o sucesso “Eleanor Rigby”, de John Lennon e Paul McCartney. No mesmo ano, foi contratado pela TV Tupi de São Paulo para apresentar o programa “O Mundo É dos Jovens”, que ficou no ar até 1968.

Entre seus sucessos como compositor, destacam-se “Impossível Acreditar Que Perdi Você”, parceria com Cobel lançada em 1972 e regravada por Fábio Jr., Wilson Simonal, Agnaldo Timóteo e Vanessa da Mata, e “Vivendo por Viver”, que ganhou as vozes de Roberto Carlos, Sérgio Reis e Zezé Di Camargo & Luciano. No próximo dia 1º de setembro, Márcio Greyck lançará o seu primeiro disco de inéditas em 34 anos, em que ele toca todos os instrumentos.

Batizado de “Envolver”, o disco nasceu quando o produtor musical Marcelo Fróes, dono da gravadora Discobertas, revelou a Greyck que teve um sonho em que Raul Seixas perguntava por ele. No dia 29 de julho, quando anunciou a novidade, Márcio Greyck disponibilizou nas redes a música “Até Quando?”, como aperitivo para o disco completo. A canção é a única não inédita a compor o repertório de 13 faixas. Lançada por Erasmo Carlos em 1982, ela resgata a histórica parceria entre Greyck e Cobel.

“Aparências” (balada, 1981) – José de Ribamar Cury e Ed Wilson
A história de “Aparências” é das mais mirabolantes da música brasileira. Um dos compositores, José de Ribamar Cury, um jovem bancário que morava em Ipanema, foi levado até o apartamento de Roberto Carlos e ficou amigo do Rei. Quando soube da separação entre Roberto e a primeira esposa, Cury mandou para o cantor música “Aparências”, que já estava pronta desde 1979. Mas Roberto Carlos não deu bola.

Dois anos depois, o belo-horizontino Márcio Greyck a gravou, e pediu que Cury alterasse os últimos versos, por considera-los muito sem esperança. Cury se juntou ao parceiro Ed Wilson e atendeu ao pedido do cantor. A música estourou em todo Brasil e levou Greyck ao exterior. Em 2020, durante a pandemia, Luan Santana gravou nova versão da música.

Matéria publicada originalmente no portal da Rádio Itatiaia, em 2021.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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