Antonio Cicero escreveu letras para sucessos de Lulu Santos e Marina Lima

*por Raphael Vidigal Aroeira

“Ontem nasceu o mundo.
Amanhã talvez pereça. Hoje
viva o esquecimento e morra o luto.” Antonio Cicero

Parceiro musical de João Bosco, Wally Salomão, Adriana Calcanhotto, Lulu Santos e, principalmente, da irmã Marina Lima, o poeta, letrista, crítico, filósofo e ensaísta Antonio Cicero conta, entre suas canções mais conhecidas, com “O Último Romântico” (com Lulu Santos), “Fullgás”, “Virgem” e “Acontecimentos” (com Marina Lima), “Inverno” (com Adriana Calcanhotto), “À Francesa” (com Claudio Zoli) e “Saída de Emergência” (com João Bosco e Wally Salomão).

“Não escrevo letras para serem musicadas. É claro que alguns compositores já musicaram poemas que escrevi. Na maioria dos casos, porém, fiz letras para as melodias que meus parceiros me deram. A inspiração para elas foi a própria música. Além disso, levo em conta o trabalho e a personalidade dos autores ao escrever uma letra. E, quando a composição é feita para ser cantada por outro cantor ou cantora, que não quem a compôs, conta muito a imagem que tenho desse intérprete”, explica o letrista, membro da Academia Brasileira de Letras.

“Alma Caiada” (foxtrote, 1979) – Marina Lima e Antonio Cicero
Um ano antes de serem uma das duas únicas bandas brasileiras a não serem vaiadas no primeiro Rock in Rio da história, ao lado do Barão Vermelho, o grupo Paralamas do Sucesso confirmou a sua apoteose com o álbum “O Passo do Lui”, que rendeu ao trio formado por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone discos de platina e ouro pelas milhões de cópias vendidas. Um dos destaques do álbum era a balada “Meu Erro”, inspirada no término do relacionamento de Herbert com Paula Toller, vocalista do Kid Abelha. Em 1989, quando lançou uma versão lenta para “Meu Erro”, no álbum “Estrebucha Baby”, Zizi Possi recebeu um elogio de Tim Maia: “Nem o Herbert sabia que a canção que ele fez era tão bonita”, disse. Uma década antes, Zizi também revelou toda a beleza de “Alma Caiada”, foxtrote da lavra de Antonio Cicero e Marina Lima.

“O Lado Quente do Ser” (MPB, 1980) – Marina Lima e Antonio Cicero
Novamente, uma música de Wally Salomão com Caetano Veloso deu título ao disco de Maria Bethânia. “Talismã” foi lançado em 1980, e se tornou o terceiro disco consecutivo da cantora baiana a superar a marca de um milhão de cópias vendidas, algo, até então, inédito na música popular brasileira. A música combina sensualidade com ímpeto de vida, sob a malha poética própria de Wally Salomão, criado sob a égide da poesia marginal, mas com uma formação pra lá de erudita e multidisciplinar. Tropicalista por natureza, como Caetano, ele consegue estabelecer conexões entre som e palavra, sem descambar para o simplório. No mesmo disco, Bethânia lançava “O Lado Quente do Ser”, parceria de Antonio Cicero e Marina Lima, que a carioca regravou em “Certos Acordes”.

“Charme do Mundo” (balada, 1981) – Marina Lima e Antonio Cicero
Candé Salles e Marina Lima começaram como amigos e depois namoraram. “Hoje, voltamos ao patamar da amizade”, brinca Salles. O sentimento de amor entre eles permanece. Uma prova é “Uma Garota Chamada Marina”, documentário que revela intimidades da cantora. “O que me encanta na Marina é a liberdade”, elogia Salles. “Uma vez li numa entrevista uma frase que nunca esqueci que dizia: ‘a música tem a capacidade de afagar e eternizar momentos e pessoas’. Quando penso nisso, a música da Marina me vem imediatamente à cabeça, ela realmente tem essa capacidade”, enaltece o documentarista. Em 1981, Marina lançou uma música com essas características: “Charme do Mundo”, parceria com Antonio Cicero, aportou no ótimo disco “Certos Acordes”.

“Maresia” (MPB, 1981) – Paulo Machado e Antonio Cicero
Marina Lima nasceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de setembro de 1955. Cantora e compositora, Marina apareceu para a música brasileira no final da década de 1970, quando se tornou ícone da nova música pop com o disco “Simples Como o Fogo”. No álbum seguinte, Marina gravou “Nosso Estranho Amor”, com Caetano Veloso. O estouro veio em 1981, com “Certos Acordes”, que trazia as faixas “Charme do Mundo” e “Gata Todo Dia”. Ali também estava “Maresia”, parceria do irmão Antonio Cicero com Paulo Machado, que mereceu as regravações destacadas de Adriana Calcanhotto, Zeca Baleiro, entre outros.

“Bobagens, Meu Filho, Bobagens” (MPB, 1983) – Marina Lima e Antonio Cicero
Segundo Lobão, que tocou como baterista de Marina Lima, a laureada com “Nosso Estranho Amor”, de Caetano Veloso, teria sido “adotada pelo movimento tropicalista”. “Pra mim foi muito importante, pois, de certa maneira, recebi aval e prestígio”. As “pontes”, nas próprias palavras, estabelecedoras da união, teriam sido “o reconhecimento de uma originalidade, só posso entender assim, por ambos os lados”, orgulha-se Marina. Em 1980, ela lançou a bela balada “Nosso Estranho Amor”. Em 1983, foi sua vez de devolver o presente, quando Caetano gravou “Bobagens, Meu Filho, Bobagens”, parceria de Marina e Antonio Cicero, lançada em 1983, no disco “Uns”, e trilha sonora de “Guerra dos Sexos”, novela da Rede Globo com Paulo Autran e Fernanda Montenegro.

“Fogo e Risco” (balada, 1983) – Marina Lima e Antonio Cicero
Ney Matogrosso estreou na carreira-solo em 1975, com o disco “Água do Céu-Pássaro”. Desde então, não parou de colecionar sucessos, em que se destacam músicas da estatura de “Homem com H”, “Balada do Louco”, “Bandido Corazón”, “Pro Dia Nascer Feliz”, “Seu Tipo”, “Até o Fim”, “América do Sul” e “Poema”. Em 2012, Ney Matogrosso foi eleito pela revista Rolling Stone a 3ª maior voz do Brasil, atrás apenas de Elis Regina e Tim Maia. Foi com essa voz que, no disco “Pois É”, de 1983, ele gravou a balada “Fogo e Risco”, de Marina Lima e Antonio Cicero, que ajudou a abrilhantar o trabalho.

“Fullgás” (balada, 1984) – Marina Lima e Antonio Cicero
Fugindo de rótulos por necessidade, e não por provocação, assim é Marina, que declara ter se aprofundado em campos poéticos e melodiosos (inventou, por exemplo, a palavra “Fullgás”, numa das muitas canções com o irmão e poeta Antonio Cícero), para se “traduzir, existir, desvendar um lugar novo. Nisso todo mundo é igual, e é justamente aí que somos únicos”, filosofa, ressaltando verso da música “A Parte que me Cabe”. O estouro de “Fullgás”, que deu título ao disco de Marina lançado em 1984, mudou a sua trajetória na música brasileira, iniciada no mercado fonográfico em 1979. A partir dali, ela passou a ser reconhecida como um exemplo de cantora pop e super antenada.

“O Último Romântico” (balada pop, 1984) – Lulu Santos, Antonio Cicero e Sérgio Souza
Num programa de TV, em 1987, o cantor Cazuza (1958-1990) disse que se sentia “o Lulu Santos dos amores que não deram certo”. “Ainda não encontrei a minha Scarlet”, declarou o “poeta exagerado”. A entrevistadora era, justamente, Scarlet Moon de Chevalier (1952-2013), com quem Lulu Santos foi casado por 28 anos. “É engraçado o Cazuza ter brincado com essa ideia, ele mal supunha as voltas que a vida daria”, comenta o autor do hit “O Último Romântico”. Essas voltas se referem à lua de mel sem fim que o músico tem vivido com Clebson Teixeira. Os dois assinaram um termo de união estável, depois de assumirem publicamente o namoro em julho de 2018. Em 1984, Lulu colocou na praça “O Último Romântico”, parceria com Antonio Cicero e Sérgio Souza, e hit absoluto.

“Pra Começar” (balada, 1986) – Marina Lima e Antonio Cicero
“Pra Começar”, lançada em 1986, foi escolhida para fechar o mais recente álbum de Marina Lima, “Novas Famílias”, lançado em 2018. “Ela caía como luva para aquele momento dos anos 80 e cai para agora, em que o Brasil está cheio de gente que nem sabemos quem é, dizendo o que é certo e o que é errado e querendo retroceder os avanços que tivemos em nome de uma moral”, reclama a carioca. “Não acho que a música tem que ser política, mas a arte é. Ela transforma a realidade”, afirma Marina. “Esse Brasil de hoje não reflete o que eu e muita gente esperamos dele. Eu prefiro ser forasteira e estar atuante a ficar escondida, faz parte da minha personalidade”, arremata Marina.

“Virgem” (balada, 1987) – Marina Lima e Antonio Cicero
Criado pelo educador Paulo Freire (1921-1997) na década de 70, o termo “empoderamento” voltou à baila nos anos 2000. De acordo com uma pesquisa do Google, o primeiro pico de buscas pela palavra aconteceu em junho de 2013, durante protestos que marcaram o Brasil. Em 2016, “empoderamento” ficou em primeiro lugar na lista das palavras mais procuradas. Na música brasileira, o empoderamento feminino não é novidade. Antes da expressão alcançar a fama atual, Rita Lee, Angela Ro Ro, Dona Ivone Lara, Marina Lima e outras esbanjavam atitude e coragem. Em 1987, por exemplo, Marina lançou a emblemática canção “Virgem”, outra parceria com seu irmão Antonio Cicero.

“À Francesa” (balada, 1989) – Antonio Cicero e Cláudio Zoli
Marina fecha o livro “Maneira de Ser”, nome da primeira canção composta pela intérprete de “À Francesa”, com uma ode à família, voltando-se para a receita de uísque ensinada pelo pai, os signos da mãe e dos irmãos. “Junto com os amigos formam os alicerces, as bases nas quais esparramamos a vida”. Na casa de Marina, a loucura do patriarca por Beethoven e música erudita fazia ecoar pelos corredores as composições curativas. Passeando pelas ruas da capital carioca, ela conheceu William Magalhães, filho do pianista da banda Black Rio, Oberdan, e adentrou ao silêncio de Debussy, a revoada de Villa-Lobos, o hino ao martírio de Chopin. “Essas coisas vão nos transformando no que somos, o resto é por nossa conta e risco”, aponta ela que, em 1989, lançou “À Francesa”, música de Antonio Cicero e Cláudio Zoli com enorme sucesso.

“Holofotes” (MPB, 1990) – João Bosco, Antonio Cicero e Wally Salomão
Ao dar um tempo na parceria com Aldir Blanc, o bom-mineiro João Bosco não deixou barato em termos de poesia, e recrutou Wally Salomão e Antonio Cicero para auxiliarem, com os textos impecáveis que detinham, as suas melodias. Esse trio de ouro da música brasileira compôs, em 1990, a música “Holofotes”, lançada por Gal Costa no álbum “Plural”. O próprio João Bosco registrou a sua versão um ano depois, no disco “Zona de Fronteira”. Valéria Oliveira também a regravou, em 2004. Ela voltou ao repertório de João Bosco em “Mano Que Zuera”, álbum lançado em 2017, renovando o seu poder de encantamento. “Ar, pedra, carvão e ferro/ Eu lhe ofereço/ Essas coisas que enumero/ Quando fantasio/ É quando sou mais sincero”, dizem os expressivos versos dos poetas.

“Água Perrier” (MPB, 1992) – Adriana Calcanhotto e Antonio Cicero
“Os romances do Chico Buarque estão entre os mais importantes do nosso tempo. Arnaldo Antunes é um poeta de ponta. Antonio Cícero tem dois livros de densa filosofia. Caetano escreveu um dos ensaios mais relevantes sobre a nossa cultura contemporânea. O que chama atenção é a excelência dessas pessoas nos dois campos”, observa Zé Miguel Wisnik, que também transita entre a academia e a música popular, a canção e a literatura. Uma prova é “Água Perrier”, parceria de Antonio Cicero e Adriana Calcanhotto que conjuga expressões originariamente francesas com sentimentos comuns a todos. “Adoro esse olhar blasé/ Que não só/ Já viu quase tudo/ Mas acha tudo tão déjà vu mesmo antes de ver”. A música foi lançada em “Senhas”, do ano 1992.

“Inverno” (MPB, 1994) – Adriana Calcanhotto e Antonio Cicero
Adriana Calcanhotto nasceu em Porto Alegre no dia 3 de outubro de 1965. Cantora, compositora, instrumentista, produtora musical, escritora e professora, ela começou a carreira se apresentando em bares de sua cidade natal. Depois de se destacar no circuito de música independente de Porto Alegre e São Paulo, rumou para o Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro disco “Enguiço”, de 1990, que lhe valeu o Prêmio Sharp de revelação feminina daquele ano. Com “Senhas”, de 1992, passou a tocar no rádio graças a baladas como “Mentiras” e “Esquadros”. Com “A Fábrica do Poema”, de 1994, emplacou o hit “Metade”, e se consolidou no cenário da música brasileira, com poetas do porte de Wally Salomão e Antonio Cicero, com quem ela criou o sucesso “Inverno”.

“O Circo” (blues, 1995) – Orlando Morais e Antonio Cicero
Maria Bethânia voltou à temática circense em 1996, com o disco “Âmbar”, um dos mais bem-sucedidos de sua carreira, que faturou, inclusive, certificado de ouro pelas milhões de cópias vendidas. No repertório, ela revisitava a clássica “Chão de Estrelas”, de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa, e dava voz a novidades de Adriana Calcanhotto, Chico César, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, e outros. Dentro dessa seleção luminosa, também constava “O Circo”, um blues de Orlando Morais e Antonio Cicero, envolvente e íntimo como pede a voz da intérprete: “Quando a noite vem/ Um verão assim/ Abrem-se cortinas, varandas, janelas/ Prazeres, jardins/ Onze e meia alguém concentrado em mim”. Antes da versão de Bethânia, a música foi lançada por Orlando Morais.

“Programa” (rap, 2002) – Adriana Calcanhotto, Wally Salomão e Antonio Cicero
Wally Salomão nasceu em Jequié, na Bahia, no dia 3 de setembro de 1943, e morreu no dia 5 de maio de 2003, aos 59 anos, vítima de um tumor no intestino. Poeta, compositor e agitador cultural sempre ligado às vanguardas, Wally foi uma figura fundamental da chamada contracultura brasileira, e atuou em diversas pontas, como a poesia marginal e a Tropicália. Em 1972, começou a fazer barulho com o livro “Me Segura Que Eu Vou Dar Um Troço”, com a sua poesia expansiva e indomável. Ele também atuou no cinema, ao interpretar o poeta conhecido como “Boca do Inferno” no filme “Gregório de Mattos”. Na música, dirigiu shows antológicos de Gal Costa e Cássia Eller. Com Adriana Calcanhotto e Antonio Cicero compôs o rap “Programa”, lançado em “Cantada”.

“Três” (tango, 2006) – Marina Lima e Antonio Cicero
“O instinto e a intuição são importantes, é matéria-prima. Mas é necessário aprimorar, burilar, inserir critérios artísticos”, teoriza Marina Lima. No disco “Clímax”, de 2011, ela se reuniu com Adriana Calcanhotto, parceira de “Não Me Venha Mais Com o Amor”, em virtude de “afinidades e vontade de repetir a dose”. A gaúcha regravou de Marina a canção “Três” no disco Maré, que foi originalmente lançada em 2006, no álbum “Lá nos Primórdios”. A canção é uma parceria de Marina com o irmão Antonio Cicero, e parte da premissa de um tango dividido em três partes, em que a história se desenrola lentamente. João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade e Stendhal estão entre os autores favoritos de Marina Lima, o que justifica sua preferência pela concisão.

“Os Ilhéus” (MPB, 2012) – Zé Miguel Wisnik e Antonio Cicero
“Acho que ‘Futuros Amantes’ é meio irmã do poema do Antonio Cícero, musicado pelo Zé Miguel Wisnik”, observa Adriana Calcanhotto. Ela se refere a “Os Ilhéus”, uma das nove faixas inéditas de “Margem”. Com melodia morosa e letra intrincada, a primeira estrofe da canção afirma: “Uma onda pode vir do céu/ Imponderável como as nuvens/ E cair no dia feito um véu”. “É a ideia das civilizações, que vão se empilhando umas sobre as outras, e acabam no fundo do mar, como a cidade submersa do Rio. Então, os escafandristas vêm explorar a sua casa e têm as mesmas dúvidas que temos agora: quem somos, da onde viemos e pra onde vamos?”, sustenta ela, sem disfarçar o entusiasmo.

“Sem Medo Nem Esperança” (rock, 2015) – Antonio Cicero e Arthur Nogueira
Gravado por Gal Costa em 2015, com “Sem Medo Nem Esperança” (feita com Antonio Cicero), e que batizou o respectivo álbum, Arthur Nogueira se vale de um ensinamento do escritor irlandês Oscar Wilde para dizer que “o trabalho do poeta é para que as pessoas não se esqueçam de olhar as estrelas”. “Caso contrário, tudo é treva”. O paraense vai além: “A poesia, especialmente a poesia escrita, nunca teve grande capacidade de influir no mundo contemporâneo a ela. Porém, se não pode mudar o mundo concretamente, o sentido do poema é, como diz Antonio Cicero, permitir o acesso a novos mundos, a outras dimensões do ser”, corrobora Nogueira, que também abriu parcerias recentes com Fernanda Takai, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto.

“Só Os Coxinhas” (funk, 2018) – Antonio Cicero e Marina Lima
Antonio Cicero é reconhecido como compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor. Ao lado da irmã Marina Lima, ele assinou vários hits da música popular brasileira. Cícero é o autor das letras de “Fullgás”, “À Francesa” (com Cláudio Zoli) e “A Chave do Mundo”, dentre outras. Recém-empossado na Academia Brasileira de Letras, em 2017, o carioca surpreendeu à crítica um ano depois, ao explorar o ritmo do funk em uma nova parceria com Marina. “Só os Coxinhas”, lançada em 2018, fazia troça com o apelido pelo qual as pessoas defensoras das políticas de direita passaram a ser conhecidas após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, operado, com êxito, em 2016.

Matéria publicada originalmente no portal da Rádio Itatiaia, em 2021.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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