De ‘Catedral’ a ‘Alma’: Relembre os grandes sucessos de Zélia Duncan

*por Raphael Vidigal Aroeira

“Alma, deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma, superfície…” Arnaldo Antunes & Pepeu Gomes

Zélia Cristina Duncan Gonçalves Moreira, conhecida apenas como Zélia Duncan, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro de 1964, e foi criada em Brasília, onde conheceu a também cantora Cássia Eller. Ela começou a carreira tocando em bares e se apresentando ao violão.

Em 1990, lançou o primeiro disco, “Outra Luz”, pela Eldorado, mas o sucesso só veio em 1994, quando ela estourou em todo o Brasil com “Catedral”, que entrou para a trilha da novela “A Próxima Vítima”, da Rede Globo. O segundo álbum de Zélia também trazia outros sucessos, como “Tempestade”, “Não Vá Ainda” e “Nos Lençóis Desse Reggae”. “Alma”, de Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes, também alcançou sucesso na voz de Zélia Duncan, em 2001, assim como “Pagu”, parceria da cantora com Rita Lee.

“Deusa da Minha Rua” (valsa, 1939) – Jorge Faraj e Newton Teixeira
É da condição dos nossos compositores tornarem-se menos conhecidos que suas obras e mesmo os intérpretes delas. Também permanece na penumbra o motivo pelo qual Newton Teixeira supostamente fugia da polícia quando se encontrou com Sílvio Caldas numa noite de seresta. O bairro era a Vila Isabel, no Rio de Janeiro, reduto da boemia carioca que não podia deixar de contar com Noel Rosa, seu poeta, e outros bambas menos notórios, mas que foram fundamentais na consolidação do gênero mais arraigado à miscigenada raiz musical brasileira, o samba. Newton começou pelo estilo, mas se consagrou, sobretudo, pela marchinha “Mal me quer”, em parceria com Cristóvão de Alencar, gravada por Orlando Silva, e a valsa “Deusa da Minha Rua”, com Jorge Faraj, o maior sucesso de toda sua carreira, lançada pelo Caboclinho Querido e regravada por Zélia Duncan, no CD “Eu Me Transformo em Outras”.

“Doce de Coco” (choro, 1951) – Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho
Para manter viva a memória da música de Jacob, o produtor e pesquisador musical Hermínio Bello de Carvalho decidiu colocar letra em choros emblemáticos do compositor, anos após o seu falecimento. Foi assim que, em 1980, nasceu a letra de “Doce de Coco”, lançada por Elizeth Cardoso, uma das cantoras mais próximas do mestre do bandolim, que dividiu disco, show e uma amizade com ele. Assim, o “Doce de Coco” do choro de Jacob é o nome carinhoso pelo qual o personagem da história chama sua amada. Nos versos líricos ele implora, se humilha para que ela repense o amor dos dois. A música ganhou regravações de Ney Matogrosso, Zélia Duncan e Dominguinhos.

“Quantas Lágrimas” (samba, 1970) – Manacéia
Produzido por Paulinho da Viola, o disco “Portela, Passado de Glória”, foi lançado em 1970. O trabalho apresentou composições dos mais ilustres nomes da Escola de Samba na interpretação da Velha Guarda da Portela. Entre elas, a música “Quantas Lágrimas”, que, como o próprio disco, não recebeu a atenção merecida e passou despercebida. Felizmente, o Brasil tem Cristina Buarque que, quatro anos depois, em 1974, estreou em disco e chamou a atenção do país para a beleza de “Quantas Lágrimas”. A música se transformou no maior sucesso da carreira de Cristina e de Manacéia, e recebeu mais de 40 regravações, passando pelas vozes de Teresa Cristina, Zélia Duncan, Noite Ilustrada, Paulinho da Viola, Marisa Monte, Nana Caymmi, e etc.

“San Vicente” (clube da esquina, 1972) – Milton Nascimento e Fernando Brant
Lançada em 1972, no disco “Clube da Esquina”, a música “San Vicente”, parceria de Milton Nascimento e Fernando Brant, mereceu quase 60 regravações ao longo do tempo, entre elas de nomes como Ney Matogrosso, Mercedes Sosa, MPB-4, Vânia Bastos, Chico César, Beto Guedes, dentre outros. Em “Invento +”, homenagem de Zélia Duncan e Jaques Morelenbaum à obra de Milton lançada no ano de 2017, a angústia já famosa de “San Vicente” é ressaltada, desta vez, mais pela presença do violoncelo de Morelenbaum, capaz de uma experiência próxima à sinestesia ao impor sobre os outros versos a força das metáforas: “um sabor de vida e morte/ coração americano/ um sabor de vidro e corte”. Uma leitura nova para uma música conhecidíssima.

“Na Hora da Sede” (balada, 1974) – Braguinha e Luiz Américo
Ninguém sabe quem é Américo Francisco, nome com que o cantor da boina começou a se apresentar no concurso de calouros de Silvio Santos, arrebatando todos os prêmios. A mania de usar chapéu começou na infância. A mãe os criava a partir de sacos que ela recebia para lavar a roupa das clientes. Já rebatizado de Luiz Américo, ele e Braguinha fizeram barulho com uma canção de pegada mais romântica. “Na hora da sede você pensa em mim/ Pois eu sou seu copo d’água/ Sou eu quem mata a sua sede/ E dou alivio à sua mágoa”. Em momentos distintos, Clementina de Jesus e Zélia Duncan verteram essa saborosa dor de cotovelo em fonte de música próspera, jorrando samba pra todos os lados: “Na Hora da Sede” jamais negou a vocação para hit.

“Lá Vou Eu” (balada, 1975) – Rita Lee e Luiz Carlini
Depois de sair dos Mutantes de maneira um tanto conturbada, Rita Lee fundou a Tutti Frutti, que tampouco garantiu vida fácil entre seus integrantes e dissolveu-se após quatro álbuns. O mais famoso deles foi lançado em 1975. “Fruto Proibido” levou para as rádios sucessos como “Agora Só Falta Você”, “Luz Del Fuego”, “Ovelha Negra” e “Esse Tal de Roque Enrow”, parceria com Paulo Coelho, com quem Rita teve um breve romance na época. No mesmo ano, ela compôs, para a trilha sonora da novela “O Grito”, da Rede Globo, a música “Lá Vou Eu”, feita com Luiz Carlini, guitarrista do Tutti Frutti. Essa música ganharia uma versão renovada décadas depois, por Zélia Duncan.

“Meu Ego” (blues, 1977) – Erasmo Carlos e Roberto Carlos
No final de 1977, Nara Leão e Erasmo Carlos apresentaram no programa “Fantástico”, da Globo, a música “Meu Ego”, mais uma parceria do Tremendão com Roberto Carlos. A música havia sido lançada, naquele mesmo ano, no LP “Os Meus Amigos São Um Barato”, confirmando o pioneirismo de Nara, que dava a partida nos álbuns de duetos na música brasileira. Além de receber Erasmo na referida faixa, ela ainda abria alas para Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Chico Buarque, Edu Lobo, Dominguinhos, João Donato e outros ícones da MPB. No ano seguinte, em 1978, a música seria incluída no disco “Pelas Esquinas de Ipanema”, de Erasmo. Mais tarde, ela foi regravada por Simone e Zélia Duncan.

“O Tempo Não Para” (rock, 1988) – Cazuza e Arnaldo Brandão
Todas as músicas do espetáculo de lançamento do álbum “Ideologia” já estavam definidas quando Cazuza apresentou a Ney Matogrosso uma novidade. O antigo vocalista dos Secos e Molhados era o responsável pela direção, iluminação e cenografia do show. Amigos de longa data, Cazuza e Ney haviam sido namorados em meados da década de 1970. Ao se deparar com a letra arrebatadora de “O Tempo Não Para”, Ney não teve dúvidas de que a música daria nome à turnê. Parceria com Arnaldo Brandão, “O Tempo Não Para” mescla a batalha pela vida de Cazuza com as agonias de um país em constante crise. “A música é sobre essa velharia que está aí e vai passar. Vão ficar as ideias de uma nova geração”, afirmou Cazuza. Ney, Simone e Zélia Duncan a regravaram.

“Mal Menor” (vanguarda, 1988) – Itamar Assumpção
Poderia ser um bolero ao gosto de Nelson Gonçalves ou Angela Maria, bebericando na tradição da música popular brasileira, não fosse a música escrita por Itamar Assumpção, que transforma “Mal Menor” em mais uma peça de vanguarda do seu repertório. “Minha flor de trigo/ Meu licor de figo/ Diga aonde irás que é pra lá que eu sigo/ Pra tudo conte comigo”, anuncia o galante eu-lírico da canção. Perspicaz, Itamar lança frases de profunda compreensão da vida como quem fala aquilo que existe de mais banal na face da Terra: “Sofrer é antigo/ Por isso que digo/ Basta estar vivo/ Para correr perigo”. A música foi lançada por Itamar no álbum “Intercontinental! Quem Diria! Era Só o Que Faltava!!!”, em 1988, e mereceu uma regravação do sempre atento, e companheiro de vanguarda, Arrigo Barnabé, em 1992, em seu CD “Façanhas”. Zélia Duncan também a regravou em “Tudo Esclarecido”, seu tributo a Itamar.

“Catedral” (balada, 1994) – versão de Zélia Duncan e Christiaan Oyens
Ainda hoje, o maior sucesso da artista fluminense é uma versão de “Cathedral Song”, de Tanita Tikaram. Na versão de Zélia, o refrão diz: “No silêncio, uma catedral/ Um templo em mim/ Onde eu possa ser imortal/ Mas vai existir/ Eu sei, vai ter que existir/ Vai resistir nosso lugar”. Imprescindível nos shows de Zélia. É inegável que a identidade da artista se formou nos primeiros anos da carreira, iniciada na década de 90 e que, para além da mistura bem fomentada entre folk e pop, tinha na construção poética o seu grande trunfo. É sintomática a presença de Christiaan Oyens. Os maiores sucessos de Zélia, como a versão para “Catedral”, “Nos Lençóis Desse Reggae” e “Tempestade”, foram feitos com o músico uruguaio.

“Dor Elegante” (vanguarda, 1998) – Paulo Leminski e Itamar Assumpção
O sempre atento e performático Itamar Assumpção, um dos principais nomes da Vanguarda Paulista que invadiu o cenário cultural brasileiro unindo música a teatro e outras inovações, foi outro a buscar em Paulo Leminski combustível para a sua arte. Em 1998, no álbum “PRETOBRÁS”, Itamar transformou o poema “Dor Elegante” em canção, ao receber a letra. Diga-se de passagem, essa “transformação” é, quase sempre, apenas a colocação de instrumentos musicais e voz, pois, melodia e métrica quase sempre são presentes em todas as composições de Leminski. Numa das mais sensíveis e delicadas criações do poeta, ele versa com sabedoria e singeleza sobre o valor da vida, e a histórica e até barroca capacidade de, a partir do martírio, emergir a beleza. Zélia Duncan a regravou em 2005, no álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”.

“Imorais” (MPB, 1998) – Zélia Duncan e Christiaan Oyens
Sem se fazer de rogado, Almério presta reverência às “cantoras sapatônicas atômicas Cássia Eller, Zélia Duncan, Adriana Calcanhotto, Ana Carolina”, que, em sua vida, foram mais decisivas na hora de empunhar bandeiras do que Ney Matogrosso e o grupo performativo Dzi Croquettes, capitaneado pelo coreógrafo e dançarino Lennie Dale na década de 1970. “Eu adolescente ouvindo ‘os imorais falam de nós, do nosso gosto, nosso encontro, da nossa voz’ (de Zélia Duncan) era um abrigo pra mim. Cazuza era um abrigo pra mim”. “Imorais”, de Zélia e Christiaan Oyens foi lançada pela cantora no ano de 1998.

“Pagu” (rock, 2000) – Rita Lee e Zélia Duncan
Patrícia Galvão foi uma jornalista como poucas no Brasil. Como era de se esperar, não se ateve a uma só atividade. Foi escritora, poeta, diretora de teatro, incentivadora de Plínio Marcos, musa do modernista Raul Bopp, desenhista e militante do comunismo, sendo a primeira mulher presa no país por essa motivação, no início da década de 1930. É a essa figura lendária, folclórica e real, uma mulher de carne e osso que se sabia livre e dona do próprio destino e nariz que Rita Lee e Zélia Duncan se referem no rock lançado por elas já nos anos 2000. Provas de que Pagu continua revolucionando. “Nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda…”, as três afiançam.

“Alma” (MPB, 2001) – Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes
Em 2001, Arnaldo Antunes teve a sua música “Alma”, parceria com Pepeu Gomes, colocada em rotação na novela global “O Clone”, na voz de Zélia Duncan. O sucesso foi imediato. No mesmo ano, Zélia divulgou a canção, que se transformou em um dos maiores hits da sua carreira, no álbum “Sortimento”. Já em 2004, ela a cantou em dueto com Pepeu Gomes e, em 2008, no disco “Amigo É Casa”, dividiu seus vocais com Simone. Arnaldo Antunes também gravou a música, em seu “Acústico MTV”, de 2012. A letra procura dar corporeidade à alma, sem perder de vista o seu aspecto etéreo e até intocável.

“Canção VII” (MPB, 2005) – Hilda Hilst e Zeca Baleiro
Fã declarado da escritora Hilda Hilst (1930 – 2004), Zeca Baleiro provou sua idolatria ao produzir disco baseado no livro “Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão”, lançado por ela em 1974. Como a inspiração da obra literária era o amor impossível do mito grego de Ariana e Dionísio, a menção aparece como epígrafe no título do álbum, que reúne poemas de Hilda musicados por Baleiro nas vozes de Angela Maria, Angela Ro Ro, Maria Bethânia, Zélia Duncan, entre outras. Em “Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé”, coube a Zélia Duncan dar voz para “Canção VII” e se envolver pela refinada poesia de Hilda.

“Coração na Boca” (MPB, 2009) – Lucina e Zélia Duncan
“Bastou um encontro para que a gente se afinasse de tal maneira que a amizade e a parceria não param de crescer”, são essas as exatas palavras de Lucina, que lançou em 2009 o álbum “+ Do Que Parece”, feito só de canções com Zélia Duncan, que segundo cálculos que a matemática não prevê contabilizam mais de uma centena com chances de ir até o infinito. Entre as mais conhecidas estão “Miopia”, “Eu Nunca Estava Lá”, “Coração Na Boca” e “Meu Amor, Você Sabe”. “Gosto muito do Ney Matogrosso, do Sérgio Santos, do Prince, da Zélia Duncan, da Ná Ozzetti, Tetê Espíndola, Alzira E., Joyce, meu gosto é bem eclético”, avalia Lucina, que formou dupla histórica com Luhli.

“Sem Destino” (vanguarda, 2010) – Luiz Tatit
Dom Quixote, o Cavaleiro da Triste Figura, comparece em “Sem Destino”, uma das mais delicadas letras de Luiz Tatit. A personagem mais famosa da obra de Miguel de Cervantes ajuda a fomentar as intersecções sobre a falta de destino que o compositor apresenta. Lançada em 2010, em disco que trazia a faixa como título, “Sem Destino” lamenta: “Tudo que era o meu destino/ Na verdade nunca me aconteceu/ Pode ter acontecido/ Pra alguma pessoa/ Mas não era eu”. A música foi regravada por Zélia Duncan, no show “Totatiando”. “A Zélia sempre me pareceu surpreendente, no melhor sentido do termo. De suas interpretações impecáveis a que mais me tocou foi ‘Sem Destino’”, avalia Tatit.

“Zélia Mãe Joana” (vanguarda, 2012) – Itamar Assumpção
Poucos conhecem a face sádica, malévola e agressiva de Zélia Duncan, retratada na música ‘Zélia Mãe Joana’, em frases como “Eu corto suas asinhas/te expulso do meu paraíso/eu te cozinho num tacho/tempero com molho de aranha/te quebro as pernas e braço/transformo sua farsa em drama/te faço virar bagaço/chafurdo você na lama”. Escritos numa folha de calendário, com o crivo enérgico e irrequieto do olho atávico de Itamar Assumpção (1949-2003), compositor que remodelou os vértices da música popular brasileira através de movimento denominado “Vanguarda Paulista”, os versos foram entregues à intérprete pelas mãos do próprio autor, como uma homenagem e forma de “assustar” as pessoas. “Foi uma brincadeira dele comigo, rimos à beça na ocasião. Ele estava indo embora desse planeta, e tinha um desejo de me proteger. Por isso me deixou a música como arma e escudo”. Zélia Duncan prossegue no assunto, e avisa que Itamar afirma com esta canção, que “a melhor defesa é o ataque”.

“Tudo É Um” (MPB, 2019) – Zélia Duncan e Chico César
Os versos de “Tudo É Um” trazem à tona algo que se tornou raro na música brasileira: o uso da linguagem simbólica em detrimento do discurso direto e claro, fenômeno que talvez tenha no rap o seu maior alicerce. Assim, a canção não chega a soar intrincada e ininteligível, embora exija dos ouvintes uma atenção e disponibilidade que parecem minguar em tempos de cliques e compartilhamentos. “Você é, porque alguém já foi/ E será só você e mais ninguém/ Feito alguém que está sendo/ O resto do pôr do sol/ No brilho quente da lua/ De um olho que agora estou vendo”. Com alguma carga de existencialismo e filosofia, a canção volta às nossas questões primárias, fala sobre a morte e, no fim das contas, traz uma conclusão simples sobre a necessidade de aceitar a vida.

“Medusa” (MPB, 2019) – Zélia Duncan e Zeca Baleiro
Há pelo menos dez anos, desde “Pelo Sabor do Gesto” (2009), Zélia Duncan, 54, não lançava um disco com a sua “cara”. É isso o que a cantora recupera em “Tudo É Um”. A faixa “Me Faz uma Surpresa” traz à baila Zeca Baleiro, com sua habitual capacidade de unir referências distanciadas pelo tempo, falando com graça sobre e-mail e correio na mesma frase. Baleiro retorna ainda melhor em “Medusa”, um dos destaques do álbum. “Você não me pega, você não me empedra/ O mundo me espera do lado de fora/ Quem ama não medra, a vida é agora/ Sou carne, sou nuvem, sou minha senhora”, dizem os versos.

“Viramos Pó?” (MPB, 2021) – Zélia Duncan e Juliano Holanda
A carioca Zélia Duncan homenageou dois vanguardistas paulistas: Itamar Assumpção (1949-2003), em “Tudo Esclarecido” (2012); e Luiz Tatit, com “Totatiando” (2013); e também prestou tributo à obra não menos singular de Milton Nascimento, na parceria com o violoncelista Jaques Morelenbaum, que resultou no álbum “Invento +” (2017). Para completar, colocou na praça uma coleção de sambas, com “Antes do Mundo Acabar” (2015), a exemplo do que Adriana Calcanhotto havia feito em 2011. Em 2021, num cenário de pandemia, lançou “Pelespírito”, em que apresentou parcerias sensíveis com Juliano Holanda, como “Viramos Pó?”, que reflete as agruras eternas da humanidade.

Matéria publicada originalmente no portal da Rádio Itatiaia, em 2021.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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