75 anos de Fagner: Relembre sucessos do cantor e compositor cearense

*por Raphael Vidigal Aroeira

“Quando a gente tenta
De toda maneira
Dele se guardar
Sentimento ilhado
Morto, amordaçado
Volta a incomodar” Clodô e Clésio Souza Ferreira

Raimundo Fagner nasceu em Orós, interior do Ceará, no dia 13 de outubro de 1949. Cantor, compositor e instrumentista, ele apareceu para a música brasileira na década de 1970, ao lado da turma que ficou conhecida como “Pessoal do Ceará”, e que também contava com Belchior, Amelinha, Ednardo, Fausto Nilo, entre outros. Fagner gravou o primeiro LP em 1973. “Manera, Fru, Fru, Manera”, um marco da música brasileira, apresentava futuros clássicos, como “Mucuripe”, parceria com Belchior, e “Canteiros”, adaptação sobre poema de Cecília Meireles que depois deu dor-de-cabeça ao compositor, já que Fagner não pediu autorização aos herdeiros da poetisa.

Ao longo de uma intensa carreira, Fagner realizou duetos memoráveis com Chico Buarque, Nara Leão, Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Joanna, e cultivou uma bem-sucedida parceria com o poeta maranhense Ferreira Gullar, que criou a versão para “Borbulhas de Amor”, um dos maiores sucessos da sua carreira. Entre seus grandes hits, ainda constam “Deslizes”, “Um Homem Também Chora”, “Eternas Ondas”, “Fanatismo”, “Espumas ao Vento”, “Revelação”, etc.

“Riacho do Navio” (xote, 1955) – Luiz Gonzaga e Zé Dantas
Já na década de 1950, Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, e Zé Dantas, seu parceiro de tantas andanças musicais, compuseram o xote “Riacho do Navio” que celebrizou o curso fluvial nordestino e o rio Pajeú, do sertão pernambucano, estado natal dos compositores. Além da sonoridade típica do sanfoneiro, que lembra, sem dúvida, o movimento de águas, a letra versa sobre a necessidade de o homem voltar às raízes e à vida simples, de ser novamente peixe e se integrar à natureza. A música foi lançada no ano de 1955 e regravada por Fagner, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Nazaré Pereira, e etc.

“Súplica Cearense” (baião-toada, 1960) – Gordurinha e Nelinho
Waldeck Artur de Macedo, mais conhecido como Gordurinha, nasceu no dia 10 de agosto de 1922, em Salvador, e morreu no dia 16 de janeiro de 1969, aos 46 anos, vítima de uma overdose de morfina. Gordurinha ganhou o apelido quando trabalhava no Circo de Joval Rios, que, ao vê-lo sem camisa, resolveu tirar um sarro com sua magreza. Entre os grandes sucessos da carreira de Gordurinha estão “Chiclete com Banana”, gravada por Jackson do Pandeiro e Gal Costa, “Súplica Cearense”, que recebeu as vozes de Luiz Gonzaga, Fagner e Elba Ramalho, “Orora Analfabeta”, “Vendedor de Caranguejo”, e etc.

“Como É Grande o Meu Amor Por Você” (balada, 1967) – Roberto Carlos
Roberto Carlos vinha, aos poucos, de descolando do título de ídolo da garotada para se consagrar como o Rei da música brasileira. Um dos principais ativos nesse movimento foi apostar em canções mais maduras, que deixavam para trás o espírito juvenil e rebelde, em busca de declarações de amor capazes de acalentar corações de todas as idades. “Como É Grande o Meu Amor Por Você” destoa do repertório de “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, LP lançado em 1967, exatamente por esse motivo. A balada se eternizou como uma das mais tocadas em festas de casamento país afora, e empilhou regravações de Nara Leão, Fagner, Roberta Miranda, Nelson Gonçalves, e etc.

“Mucuripe” (MPB, 1972) – Belchior e Fagner
Além de considerar Hermeto Pascoal o seu “grande inspirador musical”, Lanny Gordin também é agradecido a outro personagem importante de sua sinuosa trajetória. “Com o Luiz Calanca (dono da gravadora Baratos Afins) gravei o meu primeiro disco de músicas autorais e, a partir daí, me lancei como artista solo”, relembra. A este se seguiram outros trabalhos, em que Lanny contou com a participação vocal de nomes como Zeca Baleiro, Adriana Calcanhotto e Fernanda Takai. No disco “Duos”, lançado em 2006, aquele considerado por um séquito de especialistas como “o maior guitarrista de todos os tempos”, interpretou com Fernanda Takai a música “Mucuripe”, clássico de Belchior e Fagner, lançado em 1972, no Disco de Bolso do já extinto jornal “O Pasquim”.

“Canteiros” (MPB, 1973) – Fagner e Cecília Meireles
Um ano depois de ser gravada por Elis Regina, a música “Mucuripe” ganharia uma versão do próprio Fagner, em seu disco de estreia, “Manera Fru Fru Manera ou O Último Pau de Arara” (1973). “Em termos de repertório, esse disco abriu um leque de tendências que depois vim a executar. Ele é bem aberto, vai da canção ao rock, explora todas as possibilidades, algo que ainda nem existia na música brasileira ou existia apenas de forma fatiada, mas não em um LP completo”, avalia Fagner que, no mesmo disco, lançou “Canteiros”, quando musicou versos de Cecília Meireles e foi processado pelos herdeiros.

“Atitudes” (balada, 1973) – Getúlio Côrtes
Era como no título de um filme com direção do cineasta tcheco Milos Forman e estrelado por Jack Nicholson em 1975 que Getúlio Côrtes se sentia no bairro de Madureira, sede das escolas de samba Portela e Império Serrano, onde ele foi “nascido e criado”, de acordo com as próprias palavras. Homenageado na quadra da agremiação de Dona Ivone Lara em 2008, o músico repete a expressão. “Tenho vários amigos lá, até me chamaram para ser da ala dos compositores, mas eu seria ‘um estranho no ninho’, porque optei pelo rock”, informa. Em 1973, Roberto Carlos lançou “Atitudes”, de Getúlio Côrtes, também autor de outro sucesso do Rei: “Negro Gato”. A balada “Atitudes” ganhou uma versão do cantor Fagner no CD “O Pulo do Negro Gato”, em 2002.

“As Rosas Não Falam” (samba, 1976) – Cartola
Numa tarde de 1975, o compositor Nuno Veloso, que levava Cartola e dona Zica até a casa de Baden Powell, resolveu comprar flores para o casal. Ao se encantar com o desabrochar da roseira no dia seguinte, Zica questionou o marido: “Como é possível, Cartola, tantas rosas assim?”, ao que ele respondeu sem muito entusiasmo: “Não sei, as rosas não falam”. E começava a florescer naquele dia mais uma música que daria voz eterna a seu compositor. Gravada por ele e por Beth Carvalho em 1976, demonstrava toda a esperança lírica de Cartola, que a escrevera aos 67 anos. A faixa ainda foi regravada por Fagner.

“Era Casa, Era Jardim” (MPB, 1978) – Vital Farias
Paraibano de Taperoá com influências ibéricas em seu violão, o músico Vital Farias construiu uma obra particular, facilmente identificável. Entre seus maiores sucessos destacam-se “Era Casa, Era Jardim”, lançada em 1978 e regravada por Fagner, também conhecida como “Canção em Dois Tempos”, e “Veja (Margarida)”, de 1986, resgatada por Alceu Valença, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo quando eles gravaram “O Grande Encontro”, em 1996. Também em conjunto, desta vez ao lado de Geraldo Azevedo, Elomar e Xangai, Vital Farias interpretou as duas canções em um único número, no álbum que foi batizado como “Cantoria 2”, e incentivou a plateia a cantar junto.

“Revelação” (balada, 1978) – Clodô e Clésio Souza Ferreira
Fagner sempre gostou de gravar poetas, como Cecília Meireles, Florbela Espanca e o parceiro Ferreira Gullar, mas, em 1978, a situação foi um pouco diferente. Clésio de Souza Ferreira compôs uma melodia para “Memória”, poema de Carlos Drummond de Andrade, porém, a gravação foi feita com a música de outro artista. Para não perder a melodia e ser acusado de plágio, Clésio pediu uma letra a Clodô. Assim nascia “Revelação”, que logo conquistou Fagner. A música foi lançada em 1978, no álbum “Eu Canto: Quem Viver Chorará”, e logo se tornou o primeiro sucesso radiofônico do cantor cearense.

“Traduzir-se” (MPB, 1981) – Fagner e Ferreira Gullar
A parceria entre Fagner e Ferreira Gullar partiu do cearense que, em 1981, musicou o poema “Traduzir-se”, do maranhense, com que batizou o seu disco daquele ano. A música ganhou um dueto, também em 1981, entre Nara Leão e Fagner, no disco “Romance Popular”, da cantora, em que ela dava voz a compositores nordestinos. Em 1998, outro dueto, desta vez entre Fagner e Chico Buarque. “Traduzir-se” seria regravada diversas vezes, como por Adriana Calcanhotto, no registro de show ao vivo intitulado “Público”, de 2001. “Uma parte de mim/ É todo mundo/ Outra parte é ninguém/ Fundo sem fundo/ Uma parte de mim/ É multidão/ Outra parte estranheza/ E solidão”, dizem os versos do poema, publicado originalmente em “Na Vertigem do Dia”, em 1980.

“Eternas Ondas” (MPB, 1981) – Zé Ramalho
Em 1996, Zé Ramalho subiu ao palco com seus companheiros de geração para apresentar o espetáculo que ficaria conhecido como “O Grande Encontro”. Além da prima paraibana Elba Ramalho, estavam presentes na edição original os pernambucanos Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Zé Ramalho gravou três discos da série “O Grande Encontro”. Outra união em disco se deu com o compadre cearense Fagner, em registro ao vivo 2014. Questionado se faltava à sua geração o mesmo espírito de grupo dos baianos tropicalistas, Zé Ramalho disparou: “Nós não fizemos turismo nas nossas letras”. Fagner, por exemplo, eternizou a balada “Eternas Ondas”, composta por Zé Ramalho em 1981 para Roberto Carlos, que não a gravou. A premissa da bela letra é o dilúvio bíblico.

“Fanatismo” (MPB, 1981) – Fagner e Florbela Espanca
“Belchior produziu uma das obras mais relevantes da música moderna brasileira. Infelizmente não tivemos uma amizade a altura de manter o nosso trabalho firme. Lamento muito que a gente não tenha feito mais coisas juntos. Ele era um artista completo, e por isso mesmo era individualista, fazia música e letra, e eu acabei indo buscar outros autores, a minha obra é recheada dos mais variados poetas”, observa Fagner, que, em 1981, musicou versos de Florbela Espanca para a música “Fanatismo”, lançada no álbum “Traduzir-se”, que também agregava canções sobre dois poemas do espanhol García Lorca.

“Contigo” (MPB, 1983) – Fagner e Ferreira Gullar
O encontro musical entre Fagner e Ferreira Gullar deu tão certo que, em 1983, eles voltaram a criar juntos. Naquele ano, Fagner lançou o LP “Palavra de Amor” e gravou, com Chico Buarque, a música “Contigo”. Outra participação do disco era do grupo Roupa Nova, na faixa-título. “Canta comigo este canto/ Feito de calma e espanto/ Canto comigo e deixa/ Que eu te arraste/ Pra onde a beleza é tanta/ Que não basta”, dizem os versos de “Contigo”. Naquela época, Fagner e Chico Buarque eram parceiros de “pelada”, mas a amizade começou a se distender quando as diferenças políticas ficaram mais aparentes. A partir da deposição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, os dois se afastaram. Em 2018, Chico defendeu a libertação de Lula, e Fagner apoiou Jair Bolsonaro.

“Um Homem Também Chora [Guerreiro Menino]” (MPB, 1983) – Gonzaguinha
Já bem à vontade para tratar de temas do coração, Gonzaguinha teve gravada, na voz de outro nordestino, uma de suas músicas que continham maior ternura. Em 1983, seu compadre Fagner recebeu de Mariozinho Rocha o aviso de que Gonzaguinha havia lhe mandado uma música. O detalhe é que o empresário considerava que ela tinha sido feita “nas coxas” e não valia a pena gravá-la. Fagner insistiu, chorou de emoção ao ouvi-la e a transformou no carro-chefe do seu LP daquele ano. “Um Homem Também Chora” delineava com maciez sensações singelas e muito humanas, habituadas a se esconderem atrás de hipocrisias. Gonzaguinha falava sem deixar passar nenhuma farpa da faceta mais frágil e carinhosa dos guerreiros meninos. E ele certamente era um deles.

“Me Leve” (MPB, 1984) – Fagner e Ferreira Gullar
O canto rascante de Fagner era o ideal para uma canção cujo subtítulo carregava a sentença “Cantiga Para Não Morrer”. Intitulada “Me Leve”, a parceria com o poeta Ferreira Gullar foi lançada em 1984, no disco “A Mesma Pessoa”, e logo estourou nas paradas de sucesso. “Quando você for-se embora/ Moça branca como a neve/ Me leve, me leve/ Se acaso você não possa/ Me carregar pela mão/ Menina branca de neve/ Me leve no coração”, afirmam os versos doloridos da canção. “Me Leve” recebeu uma versão ao vivo de Fagner, em 2002. Dois anos depois, a dupla ainda comporia “Rainha da Vida”, que não obteve o mesmo sucesso, mas que ganhou uma versão em espanhol, feita pelo argentino Julio Lacarra e gravada por Fagner no ano 1991.

“Contramão” (MPB, 1985) – Fagner e Belchior
Cazuza foi criado em casa com os Novos Baianos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee e “Os Mutantes”. Essas presenças não eram impalpáveis, em discos, mas reais, lá estavam eles dividindo o sofá e a casa com seu pai, João Araújo, dono da gravadora “Som Livre”. Por isso não espanta que as influências do compositor passeiem pelo blues e a música nordestina. Ele mesmo dizia que era cantor de rock por acaso, e se caísse numa banda de pagode estaria compondo do mesmo jeito. Amigo de Fagner, os dois lançaram juntos a música “Contramão”, em 1985, composição do cearense com Belchior.

“A Aurora” (MPB, 1986) – Federico García Lorca, Fagner e Ferreira Gullar
O relacionamento de Fagner com a poesia começou logo no disco de estreia, e de maneira controversa. Em 1973, ao estrear no mercado com o LP “Manera Fru Fru, Manera”, ele apresentou “Canteiros”, em que musicava versos de Cecília Meireles sem pedir autorização à família. O fato acabou num imbróglio judicial que obrigou a gravadora a pagar uma quantia vultosa aos herdeiros de Cecília Meireles. Fagner repetiu o comportamento em 1978, quando musicou versos de “Motivo”, novamente sem autorização da família de Cecília. Desta vez, a gravadora preferiu retirar a faixa da reedição. Em 1986, ele participou do álbum “Poetas em Nova York” e, autorizado, compôs, com Ferreira Gullar, a música “A Aurora”, de Federico García Lorca, que cantou com Chico Buarque.

“Deslizes” (balada, 1987) – Michael Sullivan e Paulo Massadas
“Eu comecei, digamos assim, um pouco mais elite, e depois tive uma ascensão popular muito grande. Durante anos pude transitar em várias áreas da música, da mais popular à mais erudita, o que terminou mostrando para as pessoas que música é apenas música. Mas é a minha relação com o popular que permanece”, avalia Fagner. Em 1987, a crítica torceu o nariz para “Deslizes”, música da dupla de compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas que se tornou o grande hit do disco “Romance no Deserto”, lançado por Fagner. A canção-título era uma versão de Fausto Nilo para este clássico de Bob Dylan.

“Borbulhas de Amor” (bolero, 1991) – versão de Ferreira Gullar
Há, na internet, uma entrevista impagável de Ferreira Gullar à repórter Dadá Coelho, em que ele explica, sem meias-palavras, do que se trata o “peixe” da canção “Borbulhas de Amor”, adaptação para a original do dominicano Juan Luis Guerra. A tradução do bolero foi feito por Ferreira Gullar a pedido de Fagner, que então mergulhava em um repertório cada vez mais popular. Ferreira Gullar também conta que Fagner, “doido como sempre”, sequer pediu autorização ao titular da canção. Desta vez, no entanto, não houve imbróglios com a Justiça. O sucesso de “Borbulhas de Amor” a tornou uma canção atemporal, que recebeu versões de Gusttavo Lima, Leonardo e Eduardo Costa. A música também ficou conhecida pelo primeiro verso: “Tenho Um Coração…”.

“Espumas ao Vento” (balada, 1997) – Accioly Neto
Fagner não chegou a conhecer pessoalmente Accioly Neto (1950-2000), mas foi um dos maiores divulgadores da obra do compositor pernambucano, de quem regravou, na década de 1990, “Espumas ao Vento” e “Lembrança de um Beijo”. Em seguida, ele participou de um disco duplo em homenagem a Accioly, que enfileirou 30 novas gravações feitas por 30 diferentes artistas, como Elba Ramalho, Chico César, Zélia Duncan, Lucy Alves, Mariana Aydar e Zé Manoel. A, então inédita, “Casa Comigo”, chegou ao conhecimento do público pela voz do cantor cearense. “Accioly sempre foi um autor muito conhecido no Nordeste, mas infelizmente morreu cedo, com apenas 50 anos. Ele teve uma carreira prolífica, principalmente em Pernambuco, onde nasceu”, atesta Fagner. “Espumas ao Vento” já foi gravada por Flávio José, Elza Soares e Chico César.

“Olhar Matreiro” (MPB, 2001) – Cazuza e Fagner
Em 2001, Fagner recebeu das mãos de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, o poema “Olhar Matreiro”, e colocou melodia na música, lançada no mesmo ano. Na mesma época, ele musicou o poema “João”, feito por Cazuza para o pai, porém nunca registrou. E revela que ainda possui várias fita-cassetes com parcerias improvisadas dos dois, mas que já não lembra mais “onde elas estão guardadas”. “O Cazuza era muito carinhoso comigo, nessa época a gente vivia na noite. Ele é uma figura que faz muita falta hoje em dia, porque era impossível, irreverente, tirava sarro com tudo, mas estava sempre antenado, nunca se omitia. Ele e Gonzaguinha certamente teriam muito a falar sobre o agora”, enaltece Fagner, que foi vizinho de Cazuza no prédio onde ainda mora.

“Canhoteiro” (MPB, 2003) – Fagner, Zeca Baleiro, Fausto Nilo e Celso Borges
Um verdadeiro time é o responsável pela canção “Canhoteiro”, lançada por Fagner e Zeca Baleiro no disco da dupla de 2003, e que conta ainda na composição com Celso Borges e Fausto Nilo. A música homenageia um ídolo em comum dos dois cantores, o jogador José da Ribamar de Oliveira, conhecido como “Canhoteiro”, nascido no Maranhão, terra de Zeca Baleiro, que ainda é xará do atleta. Como se não bastasse, foi revelado no Ceará, terra de Fagner, e fez sucesso defendendo as cores do São Paulo e da Seleção Brasileira. É para Pelé um de seus maiores ídolos, ao lado de Zizinho. A canção homenageia o jeito malandro e irreverente de Canhoteiro, famoso pelos dribles, e o compara, em dado momento a Garrincha. Nada mal para um time: de música e futebol, tanto ritmo.

Matéria publicada originalmente no portal da Rádio Itatiaia, em 2021.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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