Relembre sucessos de Orlando Silva, cantor que marcou época no rádio

*por Raphael Vidigal Aroeira

“Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim foges de mim” Braguinha e Pixinguinha

Antes de receber as mais de 200 regravações que a consagraram, “Carinhoso” foi recusada por Francisco Alves e Carlos Galhardo. Coube a Orlando Silva (1915-1978) lançar a melodia de Pixinguinha que recebeu letra de João de Barro, o Braguinha. A música tornou-se tão emblemática que, no velório de Orlando, foi cantada por Roberto Silva em sua homenagem.

Em 1969, o belo-horizontino Oswaldo Caldeira dirigiu o primeiro documentário dedicado ao astro, intitulado, justamente, “O Cantor das Multidões”, em alusão ao epíteto criado pelo locutor Oduvaldo Cozzi. O curta-metragem, de 26 minutos, está disponível no YouTube. Como demonstram as imagens do filme, centenas de pessoas cercavam Orlando em aeroportos, carros, shows e restaurantes e se acotovelavam para vê-lo acenar das sacadas de hotéis.

“Orlando foi um fenômeno de massa. Eu o considero o maior cantor brasileiro de todos os tempos. Além de ser afinado e ter um timbre de voz especial, ele sabia escolher o repertório”, destaca o cineasta. Orlando nasceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de outubro de 1915, e morreu na mesma cidade no dia 7 de agosto de 1978, aos 62 anos, vítima de uma isquemia cerebral.

“A Última Estrofe” (valsa-canção, 1935) – Cândido das Neves, o Índio
Nascido na zona Norte do Rio de Janeiro, Orlando Silva estreou no rádio em 1934, acompanhando Francisco Alves, o Rei da Voz. A primeira gravação de impacto viria em 1935, com “A Última Estrofe” (Cândido das Neves). Entre os críticos, é quase unânime o entendimento que o auge artístico do cantor se deu num período de sete anos, entre 1935 e 1942, quando, após um acidente em um bonde, ele passou por uma cirurgia no pé e se viciou em morfina. Ícone da era de ouro do rádio, Orlando influenciou gerações e teve os seus clássicos regravados pelos ícones João Gilberto e Caetano Veloso, que o resgataram.

“A Dama do Cabaré” (samba, 1936) – Noel Rosa
O samba de Noel Rosa contém informações que possibilitam ao ouvinte associar a tal dama a uma prostituta. No entanto, relatos históricos afirmam que não era bem isso. Juracy Correia de Morais, conhecida como Ceci, viveu com Noel Rosa um tórrido romance, e desempenhava, na verdade, apenas a função de dançarina no cabaré, algo bastante comum na época. Pelo menos aparentemente. A forte repressão moral do período não nos desvia o olhar da hipocrisia como pano de fundo social. O certo é que esse samba lançado por Orlando Silva, e regravado por Marília Batista, Carmen Costa, Marcos Sacramento e diversos outros, revela os contornos de uma história de amor que não se importava com estereótipos. Pois permanece um sucesso até hoje.

“Mágoas de Caboclo” (samba-canção, 1936) – Leonel Azevedo e J. Cascata
As surpresas na “Caixinha de Música” de Vanessa da Mata não dizem respeito somente às composições autorais que ela canta para a plateia pela primeira vez. Dessa mais longínqua época é que lhe vem “Mágoas de Caboclo”, samba-canção de Leonel Azevedo e J. Cascata lançado, por Orlando Silva (o “Cantor das Multidões”), em 1936. “Gosto dessas músicas de tom mais poético, popular, inocente e romântico. Me afeta esse Brasil profundo, me lembro da minha infância, tenho interesse nesses assuntos”, declara. Nascida no interior de Mato Grosso, em Alto Garças, Vanessa se acostumou a ouvir desde pequena estas canções que fazem parte deste cancioneiro nacional de outrora.

“Rosa” (valsa, 1937) – Pixinguinha e Otávio de Souza
Sorte para a música brasileira que o garoto Alfredo da Rocha não obedecia aos pais quando era mandado para a cama. Foi assim, ouvindo escondido à festa do choro em sua residência, que ele obteve inspiração para compor “Lata de leite”, aos 12 anos, em homenagem aos músicos que chegavam bêbados pela manhã e bebiam o leite de outros nas portas das casas. Pouco depois, aos 17, o menino deu prova da importância que viria a ter no cenário musical, ao compor “Rosa”, uma valsa de 1917 que ganhou versos de Otávio de Souza, “um mecânico muito inteligente que morreu novo”, segundo o próprio Pixinguinha. A gravação antológica realizada em 1937 por Orlando Silva realça o tom de encantamento com o inatingível da melodia e o romantismo da letra.

“Carinhoso” (samba-choro, 1937) – Pixinguinha e João de Barro
Pixinguinha foi regente de várias orquestras, entre elas a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, Oito Batutas e Diabos do Céu. Suas inovações melódicas provocaram celeuma na imprensa, que não compreendia a insurgente sofisticação. Ao escrever um choro em duas partes, e não em três, como era costume, o próprio compositor sabia que seria alvo de reclamações. Por isso mesmo, “Carinhoso” demorou 20 anos para tomar forma definitiva e alcançar sucesso irrevogável. O que só aconteceu quando João de Barro, o Braguinha, adentrou a ourivesaria de Pixinguinha e lapidou com versos a refinada harmonia de “Carinhoso”, registrada em 1928. Desde a gravação original de Orlando Silva, em 1937, por recusa de Francisco Alves e quebra de compromisso de Carlos Galhardo, a música se tornou um dos maiores emblemas do cancioneiro romântico brasileiro, com mais de 200 regravações.

“Lábios Que Beijei” (valsa, 1937) – J. Cascata e Leonel Azevedo
“O beijo é um gesto, uma atitude que atravessa a história da humanidade e representa momentos importantes em nossa vida, nos conduzindo a várias experiências e sentimentos. Desde o carinho, o respeito e a sensualidade, até o beijo histórico que induz à traição. Além de tudo isso ele nos dá várias formas de prazer”, conceitua o compositor mineiro Geraldo Vianna, que, em 2017, lançou o álbum “O Beijo – Um Poema Musical”, no Dia Internacional do Beijo, comemorado no dia 13 de abril. Décadas antes, Orlando Silva tocou no tema de forma dramática, ao lançar “Lábios Que Beijei”, valsa de J. Cascata e Leonel Azevedo de 1937, ano em que o “Cantor das Multidões” atingiu o ápice.

“Juramento Falso” (samba, 1937) – J. Cascata e Leonel Azevedo
Ao primeiro olhar, Orlando Silva apresenta mais semelhanças do que particularidades. Jovem, sofreu um acidente ao saltar de bonde e teve um pé amputado. As dores insuportáveis só eram curadas com morfina, vício que ao longo da vida substituiu pela cocaína, apontada como uma das responsáveis pela derrocada na carreira de sucessos. O período do auge comercial e de crítica durou relativamente pouco para os padrões da época, de 1936 a 1942. Foi quando registrou músicas até hoje famosas, como “Carinhoso” e “Rosa”, de Pixinguinha com Braguinha e Otávio de Souza, respectivamente, e “Nada Além”, de Mário Lago com Custódio Mesquita. Entre outras gravações de impacto, mas que não resistiram ao tempo, destacam-se “Lábios Que Beijei” e “Juramento Falso”, da dupla J. Cascata e Leonel Azevedo.

“Errei, Erramos” (samba, 1938) – Ataulfo Alves
O primeiro sucesso da safra de Ataulfo Alves pode-se dizer que foi “Errei, Erramos”, na interpretação do “Cantor das Multidões” Orlando Silva, depois de alguns hits nas vozes de Almirante, Carmen Miranda e Silvio Caldas. O samba de 1938 foi lançado quando Ataulfo já detinha certo prestígio não somente aos olhos do descobridor e padrinho Bide, da dupla com Marçal, mas de grande parte do mundo do samba. Na canção, Ataulfo utiliza duas de suas temáticas favoritas, o amor e o sofrimento, que, juntos, recebem um julgamento filosófico com preceitos religiosos, onde o autor divide as culpas do sentimento que não vingou: “Esse princípio alguém jamais destrói/ Errei, erramos”. Eis um clássico.

“Nada Além” (fox, 1938) – Mário Lago e Custódio Mesquita
Custódio Mesquita e Mário Lago resumiram uma relação sublime na música brasileira. A alta costura dos versos do poeta associada ao esmero da melodia do compositor especificaram o amor em sua face menos dolorosa e possivelmente mais assumida, a doce ilusão. Docemente, Orlando Silva gravou o fox “Nada Além”, em 1938, como era de sua categoria, acrescentando murmúrios chorosos ao final da canção. Nada mais bonito: “Nada além, nada além de uma ilusão, chega bem, que é demais para o meu coração, acreditando em tudo que o amor mentindo sempre diz, eu vou vivendo assim feliz, na ilusão de ser feliz”.

“Caprichos do Destino” (valsa, 1938) – Pedro Caetano e Claudionor Cruz
O bom compositor não se faz pelo nome, mas pelo conteúdo. Pedro Caetano nunca foi compositor, pelo menos era isso o que a formalidade lhe falava. Manteve seu lar com o dinheiro dos calçados e vestidos que vendeu por toda a vida, só aparecendo de corpo e cara para gravar um disco próprio aos 64 anos. Mas a essa altura suas músicas já eram cantadas por muitos outros, populares e profissionais, sempre com popularidade e qualidade elevadas. O primeiro sucesso de Pedro Caetano foi a valsa “Caprichos do Destino”, lançada por Orlando Silva em seu auge, no ano de 1938. A valsa em parceria com Claudionor Cruz conta a história de um homem que se vê desenganado pelo destino tortuoso que lhe coube, e pensa em desistir.

“A Jardineira” (marcha de carnaval, 1939) – Benedito Lacerda e Humberto Porto
A favorita para levar o concurso de carnaval do Rio de Janeiro em 1939 era “A Jardineira”, de Benedito Lacerda e Humberto Porto e lançada por Orlando Silva. Mas a vencedora foi “Florisbela”, de Nássara e Frazão, na voz do seresteiro Silvio Caldas. No mesmo ano, as duas músicas foram citadas na obra-prima de Ary Barroso “Camisa Amarela”, que também trazia em sua letra o tema carnavalesco. Apesar disso, Nássara reclamava que a composição sobre as paqueras de um casal fosse pouco regravada. Na época, Orlando Silva era sucesso entre presidentes. A marcha “A Jardineira” era a preferida de Getúlio Vargas. Já Juscelino Kubitschek, admirador confesso de serestas, tinha a romântica “Lábios Que Beijei” (J. Cascata e Leonel Azevedo) como favorita.

“Meu Consolo É Você” (samba, 1939) – Nássara e Roberto Martins
No mesmo disco de 78 rotações em que cantava “A Jardineira”, Orlando Silva apresentava “Meu Consolo É Você”, de Nássara e Roberto Martins. Em virtude da primazia da composição, considerada uma das mais belas do cancioneiro brasileiro, o “Cantor das Multidões” conseguiu algo raro: fazer sucesso com os dois lados do disco. A música sagrou-se vencedora no concurso promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro daquele ano, então Distrito Federal, categorizada como melhor samba. O pedido de perdão em forma musical recebeu os arranjos do maestro Radamés Gnatalli.

“Mulher” (fox-canção, 1940) – Custódio Mesquita e Sadi Cabral
Há, exatamente, 97 registros de gravações da música “Mulher”, uma parceria de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, portanto, quase uma centena. A primeira aconteceu em 1940, com Silvio Caldas, e arranjo a cargo do próprio Custódio Mesquita, que também era maestro, considerado sofisticado para sua época. A contribuição de Sadi Cabral, prioritariamente um homem das artes cênicas, foi com a letra. E ela se adaptou perfeitamente à dolência da melodia, um fox-canção irresistível: “Não sei/ Que intensa magia/ Teu corpo irradia/ Que me deixa louco assim/ Mulher…”. Entre os muitos que a regravaram estão Orlando Silva, Cauby Peixoto, Ney Matogrosso, Nelson Gonçalves e Emílio Santiago.

“Velho Realejo” (valsa, 1940) – Custódio Mesquita e Sadi Cabral
Do outro lado do compacto que lançou, em 1940, o fox-canção “Mulher”, estava a valsa “Velho Realejo”, mais uma pérola da parceria entre Custódio Mesquita e Sadi Cabral. Custódio, aliás, é autor de outra melodia célebre que ganhou letra de um ator, “Nada Além”, feita com Mário Lago. “Velho Realejo” remonta aos tempos em que era costume avistar o instrumento pelas ruas. “Depois tu partiste/ Ficou triste a rua deserta/ Na tarde fria e calma/ Ouço ainda o realejo a tocar”, diz o refrão escrito por Sadi Cabral. A música também ganhou regravações dos maiores cantores de seu período, como Carlos Galhardo, Orlando Silva e Carmen Costa, e continuou recebendo versões com Jair Rodrigues, Johnny Alf e Benito Di Paula, entre muitos outros que a resgataram.

“Mal Me Quer” (marcha, 1940) – Newton Teixeira e Cristóvão de Alencar
É da condição dos nossos compositores tornarem-se menos conhecidos que suas obras, e mesmo os intérpretes delas. Também permanece na penumbra o motivo pelo qual Newton Teixeira supostamente fugia da polícia quando se encontrou com Sílvio Caldas numa noite de seresta. O bairro era a Vila Isabel, no Rio de Janeiro, reduto da boemia carioca que não podia deixar de contar com Noel Rosa, seu poeta, e outros bambas menos notórios, mas fundamentais na consolidação do gênero mais arraigado à miscigenada raiz musical brasileira, o samba. Newton começou pelo estilo, mas se consagrou, sobretudo, pela marchinha “Mal Me Quer”, em parceria com Cristóvão de Alencar, gravada por Orlando Silva, e a valsa “Deusa da Minha Rua”, com Jorge Faraj, maior sucesso de sua carreira, lançada pelo “Caboclinho Querido”.

“Preconceito” (samba, 1941) – Wilson Batista e Marino Pinto
Wilson Batista teve sua primeira música lançada por Araci Cortes, composta quando ele tinha 16 anos. Depois, seguiram-se gravações de nomes recorrentes da época: Luís Barbosa, Almirante e Francisco Alves, Castro Barbosa e Murilo Caldas juntos, no sucesso “Desacato”, denotando seu crescente prestígio. Em 1941, o “Cantor das Multidões”, Orlando Silva, lançou “Preconceito”, parceria com Marino Pinto, depois regravada por João Gilberto. Como na letra da música, em que um apaixonado rapaz pobre se vê instigado a conquistar o coração de uma moça rica, as fronteiras, sempre presentes, acenavam trégua quando se ouvia samba, (“meu samba vai, diz a ela, que o coração não tem cor”) responsável pela aproximação entre os grandes cantores do período e os compositores populares, relegados, em via de regra, a um segundo plano. Além disso, estampa-se um preconceito racial marcante.

“Aos Pés da Cruz” (samba, 1942) – Marino Pinto e Zé da Zilda
É compreensível que num ofício predominantemente sonoro como a música, o autor da palavra não receba a mesma atenção, sobretudo, de seus intérpretes, mas também dos instrumentistas. É desse mal que sofreu Marino Pinto, carioca nascido no interior do estado, então capital federal, embora tenha acumulado inúmeros sucessos quase sempre sob a égide do anonimato, por ser ele jornalista e responsável pelas letras, sendo que nunca se atreveu a cantar ou tocar algum instrumento em público. Em 1942, por exemplo, Orlando Silva chegou ao topo das paradas de sucesso com “Aos Pés da Cruz”, samba com melodia de Zé da Zilda e letra de Marino Pinto, e regravado por João Gilberto.

“Louco (Ela é Seu Mundo)” (samba, 1943) – Wilson Batista e Henrique Almeida
Era notória nos arredores da Lapa, a fama de conquistador de Wilson Batista. Apesar disso, ele fixou residência no amor, ao se casar com Marina Batista e ter com ela três filhos. No samba de 1943, “Louco (Ela é Seu Mundo)”, em parceria com Henrique de Almeida, Wilson apresenta a loucura como a condutora oficial do sentimento menos previsível do homem. Com versos que descrevem a agonia do protagonista, o compositor apresenta uma bela letra, que acompanha os passos sem rumo. Lançada por Orlando Silva, ela ganhou regravação de Nelson Gonçalves, que revive com maestria todas as nuances da melodia, João Nogueira, Noite Ilustrada, Joyce, Cristina Buarque, Aracy de Almeida, João Gilberto, Elza Soares entre outros, reafirmando a sua qualidade.

“Atire a Primeira Pedra” (samba, 1944) – Mário Lago e Ataulfo Alves
Foi ao Café Nice que Mário Lago se dirigiu para comemorar com Ataulfo Alves o estouro de “Atire a Primeira Pedra”, samba de amor custoso escrito pelos dois compositores. O famoso reduto da boemia carioca abrigava a música como que por espontânea ligação religiosa. E eram versos religiosos que valorizavam o sucesso da composição em ritmo de penitência. Com a interpretação de Orlando Silva em 1944, foi lançada por Emilinha Borba no filme “Tristezas não pagam dívidas”. A música desfilou na boca do povo com tamanha empolgação no carnaval daquele ano que de acordo com Mário Lago foi a única vez que viu o amigo Ataulfo de “pilequinho”.

“Chuvas de Verão” (samba-canção, 1949) – Fernando Lobo
Lançada em 1949, por Francisco Alves, cantor que ficou conhecido como o Rei da Voz durante a Era de Ouro do Rádio, “Chuvas de Verão” é um samba-canção de Fernando Lobo que fala sobre um amor passageiro, inebriante como as chuvas de verão. A música foi regravada por Orlando Silva, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Noite Ilustrada e Elza Soares, confirmando a sua beleza, mas ganhou a sua versão definitiva em 1969, com a voz de Caetano Veloso. Dois anos antes, Fernando Lobo e Dorival Caymmi compuseram “Saudade”, em 1947. A música foi lançada por Orlando Silva, e regravada, em 2007, por Nana Caymmi, com o piano de Cristóvão Bastos, em “Quem Inventou o Amor”.

Matéria publicada originalmente no portal da Rádio Itatiaia, em 2021.

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Raphael Vidigal

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atua como jornalista, letrista e escritor

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